sábado, março 26, 2016

Anarquizante em três drágeas...

Anarquizante em três drágeas...
Carlos Wagner


É só tomar e ficar esperando tudo sair do lugar
a senha, o padrão, a planilha, o gabarito
gabar disto é luxo e não o Lux sabonete que não limpa,
não dez infecta e nem dois me ajuda nisso,
dois me livre se isso me dói igual à seringa suja
que surja a qualquer momento então, assim espero ásperas figuras 
idiotas, fechadas em suas fachadas clichês de band-eiras burras,
globais sub-reptícias falsidades de répteis de veneno jugular,
asnos e bestas que se dedicam ao ridículo de gritarem suas sandices,
disso fico sempre me arguindo: como pode?
e pode, pois serve para poderes apodrecer o ser
incauto desavisado
mítico inocente ente que vê cores no escuro muro de lamentações
lamúrias e choros de berros contidos no meu peito em frangalhos
Três drágeas, meio copo, meio corpo, meio dormindo meio fulo de tudo
meio fulano sicrano xingando tudo quanto é filé de pútridas puritanas sem o "ri"
sem hora para parar de ser senhor dos destituídos de si mesmos.
Três drágeas
um copo
um sonho
um acordar, dar ciência de que a anarquia me seduz

Carlos Wagner

Um comentário:

Cláudia Campos disse...

Muito bom!

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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