terça-feira, junho 30, 2015

Modernidade, filosofia, internet e Educação...


Viviane Mosé
Falando de educação, ela fala de tudo...
Humanidade, como não amar o humano quando alguém que se refere a ela fala com tanto amor e responsabilidade.

quinta-feira, junho 25, 2015

Contos da Sagrada: Naqueles tempos...



Petrônio deixou seu depoimento...
Anima aí, galera!!!




CONTOS DA SAGRADA

(ou SAGRADOS CONTOS)
Petrônio


“Eram outros tempos?
Sim!
Mas estão esquecidos, anacronicamente desbotados.
Eramos outros?
Sim. Cheios de esperança, confiantes … e muito mais ingênuos!! broken!!
O que mudou?
Mudou tudo. É tudo outra coisa, distante daquilo que imaginamos….
E dai? O que virá?
Impossível prever! Só nos cabe perseverar, lutar….
É nossa saga:
Mudar tudo! O nosso mundo pessoal e o mundo exterior também.
E vamos seguir tentando … apesar dos percalços, dos retrocessos e das perdas.
Agora, de forma mais ponderada, e mais silenciosa.
O norte é o mesmo: mudar internamente. E o resto virá por acréscimo.
As vivências são inestimáveis …; é um aprendizado que não se perde e não tem fim...”

“No início, olhávamos pra frente, sempre.
No meio da jornada, muitas vezes já não se olhava detidamente, pois era preciso pressa.
Hoje, o que vemos realmente, objetivamente?”


Pra que, porquê registrar coisas do passado?
Falar do passado, por melhor que seja este passado, é uma forma de ficar preso.
E é preciso mudar, seguir em frente.
Outro risco considerável é falar de algo que não foi objetivamente observado, e tomar esta lembrança psicológica, incerta, imprecisa, como verdade.
Bom, isto é complexo. E não há uma resposta objetiva, simples para esta questão.
Assim, vamos deixar claro: tudo aqui é ficção, obra sem qualquer relação com a história e/ou com a verdade.
Eu mesmo não confio, absolutamente, em nada que escrevo. E espero, sinceramente, que todos tenham este senso crítico ao ler o que se segue.
Leiam com o ouvido atento, com os sentidos em alerta. Observem e questionem tudo. Se isto acontecer, já terá valido a pena.
Então, vamos lá!


NAQUELES TEMPOS ...
Petrônio

Idos de 1970 …
Rua Pitangui, entre ruas Coronel Júlio Pinto e Caldeira


Brant; entre Bicas e Genoveva de Souza, Belo Horizonte/MG. Esta era a nossa “Praia”: eramos os “donos”, em todos (quase todos) os sentidos!

Este espaço era nosso, dia e noite; às vezes, até bem tarde da noite... Havia um rodízio, muito dinâmico: turmas diferentes sucediam-se, aleatoriamente. Ecléticas, sem padrão de idade, sexo, etc... Jovens agrupadas naturalmente, pela vontade de estar juntos, de formar um bando … e quase tudo dava liga.

Se a “reunião” não fosse da mesma faixa etária, os mais novos compareciam para ouvir: ingerir, ruminar, digerir … O resultado, era sempre saboroso. Estimulava, excitava, preenchia.

Rolava todo tipo de conversa: tudo era permitido, nada era proibido. Este radicalismo avassalador, era uma marca. Não interessava se os mais novos estavam próximos, se as meninas ouviam, se era cedo ou tarde da noite, se alguém falava alto, se falava baixo … tudo, tudo mesmo, rolava abertamente.

Naqueles idos, tempos de ditadura militar Brasileira, de repressão e controle social, havia este espaço urbano, livre e democrático, para todo tipo de manifestação: uma benção!

Na simplicidade, na rua, sentados no meio-fio, havia tudo o que precisávamos: liberdade (garantida por Pais e Famílias de Bem), esporte (as peladas de rua, as corridas de carrinhos de rolimã, etc.), cultura (livros que passavam de mão em mão; filmes exibidos gratuitamente em BH; música, ouvida e tocada, de todos os estilos), debates e questionamentos sem fim (sobre religião, política, arte, etc...).

Esta pesquisa por conhecimento era um objetivo de todos (uns mais, outros menos): queríamos respostas, respostas para tudo. E o debate alimentava e fomentava... 

Rica e intensa era a nossa vida: o clube funcionava 24 horas por dia, sempre em atividade, pulsante, rebelde, vigoroso. E recebíamos visitantes, de todos os estilos, de diversos bairros, com diferentes visões e experiências de vida. Os que iam chegando, trazidos por amigos, às vezes, por amigos dos amigos, contribuíam com biodiversidade (o quê?); sim, com experiência de vida, experiências cambiadas naturalmente, espontaneamente.

E tínhamos pressa, muita pressa: queríamos viver tudo, a toda hora, intensamente …. Contraditoriamente, o tempo, essa aceleração que hoje fustiga e oprime, não exercia pressão sobre nossas vidas.

Era leve e tranquila a vida: a pressa era nossa! Não era do tempo sobre nós. Como isto acontecia, como ter pressa e não sentir o tempo contra nós? Não consigo entender, nem descrever, objetivamente: mistério muito além da minha compreensão...


Franklin: quem inventou o Brasil? Foi o povo!

Música popular conta a história da República.


Confira este vídeo no YouTube:

http://youtu.be/ib2tKz4oGb8


Enviado via iPad

quinta-feira, junho 11, 2015

Saga, inevitável

SAGA, INEVITÁVEL
Carlos Wagner
11/06/2015

Juncado, insólito, enxerto possível, meu eu,
pérfido doloso ídolo solitário,
Ár de árido, dormente, testas tensas, santas outrora taças cheias,
Agora de amargas seivas,
vastas taças, urdidas, mordeduras implacáveis,
as todas paixões que a mim soterraram,
mesmo antes de sabê-las,
insensíveis e inapeláveis, novamente repetidas vezes,
e bebendo goles a seco, seguros memoriais registros,
vidas e mortes num todo, num tudo querer ser,
volúpias narcóticas, indecentes, decadentes,
decendentes de minha carne,
buscando-as, mirando-as.
Quero todas, embriagadas visões de Virgílio.
Me acorde Beatriz!, atriz dos sonhos de Dante,
Porque quero-as todas, intactas, como um Saulo-Paulo cego,
Quero-as de forma compulsiva e contraditório,
Bem e mal, seres da noite,
malvadas fadas danadas, domadas e,
O risco é grande de mil caminhos encruzilhados a escolher,
Dar a volta longa no tempo, de trinas dimensões, enganado, usurpado,
Nada perdendo dessas derrotas rotas, retortas em brasa,
Numa busca frenética de todo o meu ser mobilizado,
Paralisado e amassado pelo peso abafado de meu coração miserável,
Cujo único desejo é ser Maria, a Imaculada noiva do Espírito
Cujo filho é um avatar sem forma e sem nome,
Sem tempo a perder, traído sempre...,
podendo mergulhar dentro do meu pedinte mendigo-eu sou,
para fora de meu “eu-não-poder-ser” aquele que protagoniza a vitória possível,
nem se orgulha,
mas mergulha no aqui vale imenso de dor.
Oceano atrai-me gota. E me perco vasto!

Carlos Wagner

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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