Natal
Tereza Neumam
Fortaleza
Não obstante o homem estar,
No presente, como há eões,
Em peregrinação constante
Entre o passado e o futuro,
Entre o material e o espiritual,
Entre a ilusão do velho e a ilusão do novo,
Entre o sonho do que foi
E o sonho do que será,
Urge que nasça o verdadeiro homem,
E que nele tudo isso transmutado seja!...
Que da exclusão parta para a inclusão,
Que do dividido e da subtração
Em que o eu impera, passe
Para o somatório e a multiplicação
Que somente a Alma gera!
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Não obstante o homem
Estar no presente, como há eões,
Pelas polaridades dividido,
Da eternidade assim subtraído,
Urge que, através de toda a diversidade
Conseguida e tão intensamente revivida,
À unidade chegue em auto-realização;
E para isto, hoje, no Campo, todas
As possibilidades aí estão!
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Urge que abramos o caminho para isso,
Urge que silenciemos e transmutemos
A diversidade de dentro através do fora,
A diversidade do fora através do dentro;
Urge que assim a unidade partilhemos,
No silenciar de dentro para fora,
No silenciar de fora para dentro;
Urge que do sonho nasça a Realidade,
Que do velho Adão, peregrino até então,
Surja o novo Adão, nasça o novo Homem,
Realidade vivente perante a qual,
Todas as nossas realidades perecem
No esquecimento do não ser!
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Saudemos, portanto, o nascimento do Novo Homem,
Do filho de Deus, do filho do homem,
De Jesus em nós mesmos,
Para que a Humanidade enfim,
Verdadeiramente também possa fazê-lo!
Que o Natal, possa assim,
Se efetivar em cada um de nós!!!
Jarinu-SP, 19/12/2003
Tereza Neumam
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