"O Gitanja'li" - 28
Coleção Rubáyaát - Traduç~/ao de Guilherme de Almeida, 5ª edição - José Olympio, 1950
Tenazes são os obstáculos, mas dói o meu coração quando tento vencê-los.
A libertação é tudo o que desejo, mas tenho vergonha de esperar por ela.
Tenho certeza de que há em ti um tesouro inestimável, e que és o meu melhor amigo;
mas não tenho coragem de varrer a quinquilharia de que o meu quarto está cheio.
O manto que me cobre é o manto de poeira e morte;
odeio-o, mas abraço-o com amor.
Pesadas são as minhas dívidas,
enormes as minhas faltas, e a minha vergonha é secreta e grave;
mas quando venho reclamar o meu bem,
tremo com medo de que seja atendida a minha súplica.
Tagore
Tagore
Nenhum comentário:
Postar um comentário