sexta-feira, setembro 18, 2009

Sintoma de Vida
Carlos Wagner

Assim sigo, assintomático,
tudo parece normal,
tudo parece assim tão mornamente sem ranhuras,
normalmente sem bravuras, canduras.
Figuras de linhagem antiga, fantasmas de vivências da memória dos tempos,
circulam, se apresentam,
linguagem específica,
lirismo de "olhai os lírios" do asfalto.
Esses sim, se cuidam e se preocupam,
têm medo do futuro, furo de diques,
passagem tão temida, arrebentação de barreiras.

Assintomático de minhas dores e mazelas,
Sigo forjando, entendendo sintomas, hematomas, feridas,
tudo mentira de mim para mins outros, confusa identidade.
Me acho perdidamente identificado com discursos dúbios,
descuidos, ranhuras e ranhetices,
chatices de conversas moles,
que como água, batem, batem até que abrem furo no flanco duro.
Mina sangue, escorre do leito de mim a dupla essência, bem e mal,
Stress” de Paulo, desgraçado homem que se achava.
Esse minar possibilita renovação, porque faz enxergar o que se é.
Assintomático nada normal,
Sintoma de que a vida, milagre do ser, conduz com sabedoria o processo.
pró-acessos a aos portais do "homem, conhece-te a ti mesmo".

Me entrego, mergulho nesse oceano de grandeza, perplexo simplesmente.
Vejo fluir por minhas veias, passado, presente e futuro, forjado em meditação.
Carlos Wagner

quarta-feira, setembro 16, 2009

Produto e processo
Carlos Wagner

Lentamente flui a produção escassa,
Fico à caça, fico à míngua de um jorrar em gotas,
Fico esperando a colheita por dias,
Fico amassando o barro, pisando as uvas,
Curtindo a barriga de geração,
Esperando o fluir do processo,
Esquecido do produto.
Viver o processo, estar com ele passo a passo,
Dormir e acordar com suas manhas e manhãs,
Copular com ele, amaldiçoá-lo, rir dele e perceber caminhos,
me perder em preguiça,
me achar em quiçás e quimeras.
Estabeleço o rumo, olho e penso na viagem,
Escrever, destituir-me das idéias que vem fugidias, fugazes, escondidas nos olhares retrovisados, Memórias, mesmo horas a matutar,
Mesmo que com dor ou prazer, parto, ponho os pés no caminho,
Parto, de dor em dor,
Parto ao meio minhas cabaças e tiro o líquido puro,
Bebo com quem lê, com os que, de repente, se deparam com esses fluidos rabiscados dígito a dígito,
Cogito novas aparições, surgir num relâmpago de novo, na velocidade da luminosa via do amor.
mesmo que a tartaruga fuja, mil vezes, ainda assim, sigo atento ao processo.
....até o próximo rabisco...
Carlos Wagner

sexta-feira, setembro 04, 2009

Trivial da casa da Vó Nália

Trivial de momentos na casa da Sagrada Família, pura descontração...e um lanchinho básico.

Wá, Ivan, Valéria Dona Anália e Pedro.

Um instante à mesa da copa de Dona Anália

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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