quinta-feira, junho 23, 2016


Às vezes pipóco
Às vezes canjíco
Ora barulha
Ora fervilha

Às vezes paçóco
Às vezes gengibro
Ora adoça
Ora aviva

Às vezes fogueiro
Às vezes fumaço
Ora clareia
Ora embaça

Às vezes pipóco
Às vezes poemo

Às vezes me calo
Às vezes inverno

Às vezes floresço
Às vezes platéio

Mas sempre em mim chama
a chama da Vida.
Sugere silêncio
Trazendo harmonia.


terça-feira, junho 21, 2016

PIPOCAR....


Pipocar...
Carlos Wagner

Tudo pipoca poema
põe teu ser
hemácias e glóbulos,
teu sangue alma de ti,
põe no caldeiro e mistura,
tira, da tinta escrita,
a dor que te cala,
rabisca tuas lágrimas e
mastiga engasgos,
e cospe o amargo sentido perplexo de teus nexos desejos,
arpejos atônitos
torturas noturnas
alvoradas de alívio
com o sol já no alto, assuntado, estado a pino,
poema pipoca salgada
tudo salga,
e o poema pipoca
ou termina em sapecas risadas
ou mastigo com medo os restos duros de milho,
piruás, resilientes, empedernidos,
mas mastigados assim
mesmo!
Ai, dentes velhos, aguentem firmes na luta do duro pingar da água nesta pedra viva da vida, furada a insistências!
rima acima de tudo os muros,
os puros,  escuros furos,
de balas de açúcar nos dentes,
que me doem a dor e o sorriso banguelo.
E o poema pipoca poesia!

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

ShareThis