Um olhar da pastora...
À Catarose de Petri
Pastora, mestre,
lembranças de um olhar junto de alegrias e passarinhadas.
Era Renova,
refeitório e susto...
Do passado, como de um túnel do tempo,
veio até mim em um foco profundo,
um olhar em brasa, um mirar,
prescrutador,
sem ajuizamento,
descortinando e revelando em minha alma
lembranças esquecidas,
que sei, desconheço...
E o Amor entrou manso em minha alma,
furtiva, esquecida, fugaz...
deixando um bálsamo,
apascentando para sempre minhas dores seculares.
A gratidão veio tardia,
veio pelo túnel cavado em minha memória,
veio e permaneceu não sei até quando,
mas é tesouro que só eu sei...
e a emoção deu lugar ao menino passarinho
da minha infância,
numa certeza de que não preciso ter pressa,
mas que preciso aprender o ofício de pastoreio,
e devolver o lenitivo que me curou.
Obrigado mestre e pastora!
Carlos Wagner 01 de setembro
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