Carlos Wagner
Escrevi que estava na minha cabeça uma ideia nova sem me perguntar onde vai parar a minha tristeza com o humano. Escrevi, e não pude ler nas páginas do meu olhar interior que as coisas sempre ficam entre o ontem e o amanhã, e que o agora é muito rápido e eu não consigo captá-lo quase sempre.
Escrevi que as letras vão ficando rebeldes pra não seguir na ponta do lápis aquilo que eu quero falar...Quem lê o que eu nem consigo dizer?
Quem se preocupa com a vida que nem sempre é uma porta de saída dos mundos sombrios da rotina sem piedade que nos acomete no dia a dia, e que descobrimos, lá na frente, que está tudo por um fio...está pra arrebentar e se perder no espaço sideral aquilo que é mais precioso na nossa existência...o saber claro, mas quase imperceptível, que nos salva da vida sem amor...
Como diz a canção, "o Amor está no ar...".
Então basta respirá-lo...e encher a cabeça com essa substância revolucionária que apaga os pensamentos com os quais o meu ego se identifica e por isso acha justo permanecer no ordinário percurso de vida com sentido duvidoso.
Chô, vida besta!
Escrevi que li nos livros vários que a vida é mais do que simplesmente estar vivo, se safando das armadilhas e dos buracos éticos que sempre nos assaltam e que nos levam a uma volta funda no fundo das nossas culpas...
Escrevi e quero ser alfabetizado nessa escrita de mim mesmo, para saber o que o Amor sabe, o que o Anjo de olhos mortos do começo sussurrou em meus ouvidos da alma...
Escrevi em letras garrafais mensagens que lancei em garrafas ao mar...alguém poderá lê-las...Não importa como nem quando, não importa nada. Só importa achar a porta de saída desse Show de Truman!
Carlos Wagner
2 comentários:
Eu li. E ao ler, também escrevi. Senti. E então entendi. Fui. Vivi. Este breve instante no tempo fora do tempo...
Cláudia,
obrigado pelo poético comentário...
Love is in the air...
Wá
Postar um comentário