Reflexão sobre o desânimo no Caminho
Carlos Wagner
Quando bate uma natural cegueira e, por isso, um desânimo quanto à meta à nossa frente, é preciso ter calma.
Refletindo sobre a às vezes crueza da caminhada rumo à autorrealização, deparamo-nos com momentos de prostração e falta de ânimo. O mundo parece ser uma insensata esfera, um lugar sem sentido, sem beleza e sem ar. O caminho do autoconhecim
Carlos Wagner
Quando bate uma natural cegueira e, por isso, um desânimo quanto à meta à nossa frente, é preciso ter calma.
Refletindo sobre a às vezes crueza da caminhada rumo à autorrealização, deparamo-nos com momentos de prostração e falta de ânimo. O mundo parece ser uma insensata esfera, um lugar sem sentido, sem beleza e sem ar. O caminho do autoconhecim
ento nem sempre nos agrada, pois revela nossa alma pequena, carente, sem o brilho da Luz verdadeira. Queremos um colo, ficamos inquietos e, muitas vezes, rebeldes com a natureza de nossa situação. “Por que mesmo fui escolher este caminho?”
Nessas horas, parece que vamos sucumbir ante tão magna tarefa de buscar o Espírito, ou pelo menos de criar condições para que Ele possa encontrar acolhida em nosso sistema, em nossa consciência. E então, mais fácil nos parecerá entregar os pontos e nos entregarmos à normalidade da vida humana, da mesmice dos homens que vivem como uma manada pronta para absorver o alimento astral da vida mesquinha. E o normal é a burguesa vida de satisfazer nosso ego infantil, velhaco e astuto, mas infantil. E então, pensamos assim: “a vida da humanidade é assim mesmo, não há nada além do cotidiano sofrer e ter prazer, da dor e das delícias que são mesmo efêmeros, que passam e nos encontram “assim”, de bem, ou “assado”, de mal com tudo e com todos.”
Nosso desânimo nos impele para uma aceitação fácil de que “não vale a pena o esforço, a luta pela subida ao monte à procura do mestre”.
Pobre decisão essa que nos faz pensar que o caminho é longo demais, que a luta é ilusória, e que o certo é deixar a vida seguir um curso medíocre porque assim deve ser, e que, iludidos sonham os espiritualistas que se entregam a uma vida de busca e de dedicação, acreditando num bem maior.
Que fazer, perguntamos, se nossas forças se foram? Como suportar a solidão dessa ilha de Patmos? Sim, traindo João, queremos fugir para a normalidade da vida burguesa, em multidão, em entrega aos prazeres possíveis, posto que certos, como um ser humano comum?
Talvez aí nossas incertezas sejam caladas e abafadas, nossa consciência fique adormecida e nosso sofrimento de peregrino termine. Que alívio!
Pobre ilusão! Mais cedo ou mais tarde essa tarefa da autorrealização terá de ser enfrentada, pois a vida humana nesse fim de mundo cósmico é a vida de porcos perdidos no lodaçal da casa prisão, cármica, e que daqui todos nós teremos que sair um dia a convite do Pai das Luzes, para o que, foi traçada uma trilha única que começa no coração, e que conduz para fora da casa da servidão. Mais cedo ou mais tarde, com uma dívida talvez maior, teremos de enfrentar o caminho sempre difícil da autorrealização.
Que seja agora então, para aqueles que sabem que não há tempo a perder! Vençamos esse momento de desânimo, firmemos as pernas, fixemos nosso olhar no horizonte à frente e não desistamos da corrida em busca do ouro do Espírito! O Próprio ouro nos impulsionará nessa empreitada.
Carlos Wagner
Nessas horas, parece que vamos sucumbir ante tão magna tarefa de buscar o Espírito, ou pelo menos de criar condições para que Ele possa encontrar acolhida em nosso sistema, em nossa consciência. E então, mais fácil nos parecerá entregar os pontos e nos entregarmos à normalidade da vida humana, da mesmice dos homens que vivem como uma manada pronta para absorver o alimento astral da vida mesquinha. E o normal é a burguesa vida de satisfazer nosso ego infantil, velhaco e astuto, mas infantil. E então, pensamos assim: “a vida da humanidade é assim mesmo, não há nada além do cotidiano sofrer e ter prazer, da dor e das delícias que são mesmo efêmeros, que passam e nos encontram “assim”, de bem, ou “assado”, de mal com tudo e com todos.”
Nosso desânimo nos impele para uma aceitação fácil de que “não vale a pena o esforço, a luta pela subida ao monte à procura do mestre”.
Pobre decisão essa que nos faz pensar que o caminho é longo demais, que a luta é ilusória, e que o certo é deixar a vida seguir um curso medíocre porque assim deve ser, e que, iludidos sonham os espiritualistas que se entregam a uma vida de busca e de dedicação, acreditando num bem maior.
Que fazer, perguntamos, se nossas forças se foram? Como suportar a solidão dessa ilha de Patmos? Sim, traindo João, queremos fugir para a normalidade da vida burguesa, em multidão, em entrega aos prazeres possíveis, posto que certos, como um ser humano comum?
Talvez aí nossas incertezas sejam caladas e abafadas, nossa consciência fique adormecida e nosso sofrimento de peregrino termine. Que alívio!
Pobre ilusão! Mais cedo ou mais tarde essa tarefa da autorrealização terá de ser enfrentada, pois a vida humana nesse fim de mundo cósmico é a vida de porcos perdidos no lodaçal da casa prisão, cármica, e que daqui todos nós teremos que sair um dia a convite do Pai das Luzes, para o que, foi traçada uma trilha única que começa no coração, e que conduz para fora da casa da servidão. Mais cedo ou mais tarde, com uma dívida talvez maior, teremos de enfrentar o caminho sempre difícil da autorrealização.
Que seja agora então, para aqueles que sabem que não há tempo a perder! Vençamos esse momento de desânimo, firmemos as pernas, fixemos nosso olhar no horizonte à frente e não desistamos da corrida em busca do ouro do Espírito! O Próprio ouro nos impulsionará nessa empreitada.
Carlos Wagner
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