sexta-feira, dezembro 28, 2012

Flávio Gikovate
Muito esclarecido e esclarecedor.
Vale a pena assistir!

http://www.youtube.com/watch?v=l-gYMAE-KHc&NR=1&feature=endscreen

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Cinema Secreto: Cinegnose: A necrospectiva do fim do mundo


Teorias do fim, teologia, religiões e escatologia...
Tudo isso num texto bem escrito e aberto...
Vamos lá!




Cinema Secreto: Cinegnose: A necrospectiva do fim do mundo

domingo, dezembro 16, 2012

Cântico de Natal


De Wellington Kalil
Querido Irmão Carlos Wagner, mais que poeta, que vem de lá onde a poesia é incrustada com as cores e as armas da pedra de jade, bem-aventurado das terras de Poetribulações, eu também te saúdo “com o olho dos poros da pele eletrizados “ que linda aliteração essa aí, e ninguém vê? Ninguém consegue ver o que o poeta diz, nem o que a poesia quer dizer: “bebendo do que se apresenta aos sentidos alertas/ Abertas passagens para o ser em crise...”, isso sim é cante barra pesada , a palo seco, como diria João Cabral de Melo Neto, eu toquei a palavra cortante como se fosse o êxtase de uma guitarra, e pensar que mal começamos a viver, e mal sabemos o que está “atrás de seu íntimo sentido”, gosto de ler o que você faz, gosto muito de dedilhar o desenho que suas cordas projetam, ainda que para isso se tenha que entender o “essencial domínio do meu eu assustado./ Um menino medroso”. Que bom podermos moldar o canto com o éter, misturar vento, fogo, terra  e a libido das águas, façamos enquanto é tempo, o quanto pudermos. Então, eu envio o meu cântico: 
CARTA DE NATAL-
Enfim distintos parceiros inesquecíveis amigos sedentos alcoólatras do impecável álcool da palavra e deste trânsito em que faço jus às bem traçadas linhas rebentos do punho matemático desta máquina que ora me assiste
Onde não se desatam dúvidas como nos meus sentimentais garranchos
Através do qual (punho matemático) aproveito para chapar os meus protestos de um Feliz Natal e Próspero Ano Novo como manda o figurino
Faço votos de que o tenhais desfrutado enquanto fruto de boas festas como se fosse carnaval ou um dia de clássico de futebol  
Informo-vos que logo voltaremos ao ângulo da realidade daqui a pouco a casa caiu
                        Fogos de artifício a dança crocante das especiarias na ampola pop dos lábios mesas amendoadas castanholas de beijos e abraços cobertura de sonhos e sorrisos doces assados dourados de dar água na boca serão cinzas cinzas e nada mais
                        Que nada sobreviverá ao buraco negro das vaidades restará talvez um enfadonho clip caseiro no eclipse total de coisa engavetada quiçá impossível de ver rever ouvir
Mas por favor não ignorem o que solenemente e do fundo da minha desconhecida alma eu deixei escapar como um Feliz Natal é que eu me entrego numa poção de cauim com enredo de benjoim onde sangra um rock’n’roll banhado em flechas com zanga de curare
Talhado no venerável alfanje de minha querida mãe Iansã mulher de Xangô
Era tudo o que eu queria era o presente que me redimia
Sinceramente, 
Wellington Kalil 

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Reflexão sobre o desânimo no Caminho


Reflexão sobre o desânimo no Caminho
Carlos Wagner

Quando bate uma natural cegueira e, por isso, um desânimo quanto à meta à nossa frente, é preciso ter calma.
Refletindo sobre a às vezes crueza da caminhada rumo à autorrealização, deparamo-nos com momentos de prostração e falta de ânimo. O mundo parece ser uma insensata esfera, um lugar sem sentido, sem beleza e sem ar. O caminho do autoconhecim
ento nem sempre nos agrada, pois revela nossa alma pequena, carente, sem o brilho da Luz verdadeira. Queremos um colo, ficamos inquietos e, muitas vezes, rebeldes com a natureza de nossa situação. “Por que mesmo fui escolher este caminho?”

Nessas horas, parece que vamos sucumbir ante tão magna tarefa de buscar o Espírito, ou pelo menos de criar condições para que Ele possa encontrar acolhida em nosso sistema, em nossa consciência. E então, mais fácil nos parecerá entregar os pontos e nos entregarmos à normalidade da vida humana, da mesmice dos homens que vivem como uma manada pronta para absorver o alimento astral da vida mesquinha. E o normal é a burguesa vida de satisfazer nosso ego infantil, velhaco e astuto, mas infantil. E então, pensamos assim: “a vida da humanidade é assim mesmo, não há nada além do cotidiano sofrer e ter prazer, da dor e das delícias que são mesmo efêmeros, que passam e nos encontram “assim”, de bem, ou “assado”, de mal com tudo e com todos.”
Nosso desânimo nos impele para uma aceitação fácil de que “não vale a pena o esforço, a luta pela subida ao monte à procura do mestre”.

Pobre decisão essa que nos faz pensar que o caminho é longo demais, que a luta é ilusória, e que o certo é deixar a vida seguir um curso medíocre porque assim deve ser, e que, iludidos sonham os espiritualistas que se entregam a uma vida de busca e de dedicação, acreditando num bem maior.

Que fazer, perguntamos, se nossas forças se foram? Como suportar a solidão dessa ilha de Patmos? Sim, traindo João, queremos fugir para a normalidade da vida burguesa, em multidão, em entrega aos prazeres possíveis, posto que certos, como um ser humano comum?

Talvez aí nossas incertezas sejam caladas e abafadas, nossa consciência fique adormecida e nosso sofrimento de peregrino termine. Que alívio!

Pobre ilusão! Mais cedo ou mais tarde essa tarefa da autorrealização terá de ser enfrentada, pois a vida humana nesse fim de mundo cósmico é a vida de porcos perdidos no lodaçal da casa prisão, cármica, e que daqui todos nós teremos que sair um dia a convite do Pai das Luzes, para o que, foi traçada uma trilha única que começa no coração, e que conduz para fora da casa da servidão. Mais cedo ou mais tarde, com uma dívida talvez maior, teremos de enfrentar o caminho sempre difícil da autorrealização.

Que seja agora então, para aqueles que sabem que não há tempo a perder! Vençamos esse momento de desânimo, firmemos as pernas, fixemos nosso olhar no horizonte à frente e não desistamos da corrida em busca do ouro do Espírito! O Próprio ouro nos impulsionará nessa empreitada.

Carlos Wagner

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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