Carlos Wagner
08/10/2010
As mãos se atiram,
palmas, abertas,
alertas acesos,
escassos sentidos,
sofridos, sortidos,
só, tidos e havidos.
Feridos esforços da grande batalha,
transpor a muralha, que alta se impõe,
dos pensares em bloco,
dos sentires em ondas,
dos fazeres estranhos que transbordam,
afogam a inocência do meu eu culpado.
É preciso,
tomar em goles as ondas,
beber na taça amarga,
o karma instantâneo,
o líquido retorno de espúrias ações
que consciente me tornam
do sub-mundo humano,
burguês de por quês,
e respostas gritadas,
na geléia geral da cultura dos séculos,
desmascarada,
transbordam em nós,
nos tomam em goles de sofridos sabores.
Agora sei, me sabe bem, me sabe o mal,
Agora,
fugido pro Egito,
aguardo o momento em que o anjo me diz:
"sai agora, teu inimigo jaz morto por fim.
O trabalho deve começar em mim.
Carlos Wagner
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