DIGRESSÕES POST-MORTEM
Wellington Kallil
Dulcíssimo irmão em Leo(meu ascendente), sentado -à direita do Sol Pai Todo Poderoso- sentado. Humilde e fraterno amigo, às vezes é necessário rugir de tanta dor, para a lapidação ; fico pensando se é isso mesmo, ou se é o ranger que nos detém até que só nos reste a fuga na claridade animal dos dentes, devotos e pobres servos do mundo.Somos todos uns pobres diabos, mesmo os gênios. A ironia utilizo-a sempre não como um truque, mas como alguém que estivesse dentro de mim e me fosse dizendo “não te iludas” (Saramago). Barack Hussein Obama é branco de olhos azuis, não foi por acaso que uma nação de maioria alburna de olhos azuis deu a ele esmagadora maioria de votos, corroborando a minha tese, e não será novidade nenhuma para mim quando o assassinarem, como fizeram com Lincoln e Kennedy, só que, dessa vez, será um presidenticídio por inveja, por interpretar tão bem o papel de um negro presidente- Acautelai-vos, porém, daqueles que vos vêm à vós sob pele de cordeiro, mas por dentro são lobos vorazes (Yoshua Hamashia).
Meu irmão em Leo, mal tenho lido, escrito ou saído, sou um operário, escravo da manutenção minha e de outros, só sei que após recente e estranha experiência de “Quase Morte”, conforme jargão científico, eu retornei ao mundo jurando pra mim mesmo nunca mais ler ou escrever, abandonei a faculdade desde então, e me sinto completamente feliz por isso, pois não me interessa ouvir blá-blá-blá e ainda por cima pagar. O curioso é que, agora mesmo, logo que chequei ao computador, fui atraído para visitar alguns blogues e deparei com o seu cheio de belas poesias e uma interessante provocação do Prof. Darcy Ribeiro: “O Brasil é ótimo, o que falta é gente para contar isso”, daí eu pequei a coisa no ar, pois há dias, após minha “ressurreição”, venho pensando exatamente nesse fato, que coisa meu, pecarei contra o juramento solene de nunca mais ler ou escrever, ainda mais porque descobri o quanto desconheço a altaneira língua luso-brasileira ou a pura e abrasiva língua brasileira, não consigo entender o que as pessoas falam nem sei falar a tão comum língua pátria, sou um analfabeto confesso, agora estou virando ilha, pois não aprendi outro idioma a fim de me comunicar em caso de emergência (maktub).
Estou perdido no jardim das delícias da crônica do dia-a-dia, envolvido pelas sirenes afinadas que perfuram os tímpanos. Só me resta o consolo das relíquias literárias e sonoras de Waldick Soriano, Amado Batista, Chitãozinho e Xororó e Victor e Leo, são eles que me amparam em minha alma fragmentada e pária, quanto à insônia consensual, me é acompanhada sempre com alguns golos de água mineral e as boas cordas do virtuosíssimo Tião Carrero ( não tem pra Van Halen, nem Jimmi Hendrix, quem é Eric Claptom ), além da genialidade poética e musical do goiano Odair José, melhor que a corjada de Liverpool e essa esquizofrenia mineira de Clube não-sei-de-que, parece que Minas não é outra senão essa macacada branquela, classe medieval, que andou copiando os gringos a fim de nos fuder , andaram roubando a verdadeira Minas poética e universal da gente, rotulando a gente de esquineiros e todos aceitando, pedindo benção, ajoelhando pra esses caras babacas e medíocres, melhores imitadores do que talentosos, bom mesmo é Fabrício Carpinejar que não tem pose de branco, melhor ainda é Zeca Pagodinho que nos ensinou o abençoado direito da INFIDELIDADE (v. propaganda da Brahma), arrebentou, e quando foi interpelado, refilou que era livre para fazer o que quisesse, mandando um recado muito bem mandado para os capitães-do-mato e coronéis de plantão. Além disso, é bom lembrar que existe o Rap para nos alforriar, por aí andam MV Bill, Marcelo D2 e os geniais, insuperáveis Racionais, nunca se viu coisa igual, uma iguaria da moderna música da Terra, nada melhor do que o Funk para celebrar conosco a autêntica fala brasileira, que as escolas estão roubando de nós e nossos filhos, esse florão e a sua ciência, in hoc signo vinces (com este sinal vencerás)
Que Alá fique contigo e te conclamo a fantasiar com as cem mil virgens no Paraíso, a despeito da Jirad, como filhos obedientes da descendência moura, marcada pelo hálito amoroso de Muhammad, que nos misturou ao indômito sangue escravizado desde o santo porto de Luanda aos sagrados terreiros do Brasil,onde se cumpriu a mais airosa epifania que se refilhou por toda a humanidade, finalmente, que diante de ti dispam-se os sete véus e faça-se a dança do ventre.
Um grande abraço e muita Paz, Assalam Alaikum Wa Rahmatullahi Wa Barakatuh (que a paz, misericórdia e as bênçãos de Deus estejam contigo), Shalom, Pax Tecum, Anauê e Saravá misinfi.
Ah, já ia me esquecendo: obrigado pelas belas poesias que andas produzindo, destaque para “o que tem que quebre”, o verde na garrafa quase azul-piscina da ilustração ficou da hora, joga pro alto. É isso aí.
Sinceramente, Muhammad wellington kalil
quinta-feira, outubro 15, 2009
quarta-feira, outubro 14, 2009
Capetinga/ Sto. Hilário
Dá pra reconhecer....
Rogério, Robson, Charles, Wá, Beth, Valéria, Valéria Coelho, Regina, Viroca, D. Anália, Élcio, Sandra(?), Vanda, Newton,
Rogério, Robson, Charles, Wá, Beth, Valéria, Valéria Coelho, Regina, Viroca, D. Anália, Élcio, Sandra(?), Vanda, Newton,
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Capetinga/ Sul de Minas - Represa de Furnas
Olhaí...Dá pra reconhecer...
Vanda, Elcio, Newton de Costa, D. Anália, Cláudia, Robson, Viroca, acho que Wá, Valéria Coelho, Regina em cima, Angelo Marzano, Rogério, Beth. Quem quiser corrigir, opinar ou acrescentar...
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segunda-feira, outubro 12, 2009
Brasil
“o Brasil é ótimo, o que falta é gente para contar isso"
Darcy Ribeiro (antropólogo)
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