Minuto, fresta e percepção...
Carlos Wagner
Enquanto só e solidão
abre-se a perspectiva por um fio de amor e mansidão,
enquanto manso e sábio, intermitente,
tento seguir as indicações dele que é o signo e símbolo,
dele que é arquétipo, essência e fim.
Enquanto só e sólido
vejo dispersarem ante minha vista o que são partes de mim
o que foram um dia estrutura e ossos,
vísceras e orgãos vitais...
Vejo, enquanto sozinho,
da janela de uma alma em crise,
o último ponto visível de minha perspectiva,
aquele ponto que, equidistante nas paralelas, projeta o infinito,
e minha pequena "identidade-eu" vislumbra a saída,
estranho universo em que me movo,
só e em solidão,
como um Arjuna de Krishna, vejo meus "parentes" prontos para a batalha,
a ameaçarem a minha substância espiritual.
Ânimo, diz, Krishna, combate enquanto é tempo.
Enquanto a eternidade expande minha esperança.
sábado, agosto 15, 2009
o que tem que quebre...
Carlos Wagner
14/08/2009
O lucro com a quebra do lacre,
derrame e largue o líquido,
molhando e alargando o lacre,
embole a embalagem,
liquefaça e rompa toda pompa do lacre,
todo rompante de um fraque,
todo deslumbre de um saque.
De um lado a outro,
de um outro ao lado,
de um ou de dois rabiscos que marquem desabrido lacrimejar.
Quem quer que quebre, que fere, que ferre,
que deixe dizer que brinquem com as marcas,
que atijam os marcos dos lucros do líquido desejo.
Que seja concreto, abrindo, entornando, tanto,
entortando em torno de um desfecho,
entorpecendo a visão,
transplantando o que cura,
tecendo fracos elos.
Lacre o o frasco,
distribua o amargo desejo de querer ver o que contém
o que com quem tem e que contenta a alma,
o traço de um trago,
além de um naco,
além da quebra do lacre.
Carlos Wagner
14/08/2009
O lucro com a quebra do lacre,
derrame e largue o líquido,
molhando e alargando o lacre,
embole a embalagem,
liquefaça e rompa toda pompa do lacre,
todo rompante de um fraque,
todo deslumbre de um saque.
De um lado a outro,
de um outro ao lado,
de um ou de dois rabiscos que marquem desabrido lacrimejar.
Quem quer que quebre, que fere, que ferre,
que deixe dizer que brinquem com as marcas,
que atijam os marcos dos lucros do líquido desejo.
Que seja concreto, abrindo, entornando, tanto,
entortando em torno de um desfecho,
entorpecendo a visão,
transplantando o que cura,
tecendo fracos elos.
Lacre o o frasco,
distribua o amargo desejo de querer ver o que contém
o que com quem tem e que contenta a alma,
o traço de um trago,
além de um naco,
além da quebra do lacre.
Carlos Wagner
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