Do fundo da vida surge o fio, Ariadne de novo
Carlos Wagner
Elos, eros, eras a fiar,
eras o bem amado!
éramos somente alma pedinte,
atravessando a vida em curso cambaleante, zigs e zags esguisitos,
reguisitos para uma apoteótica saída de cena, semanas inteiras urdindo tramas óbvias,
todo mundo percebia, todo um mundo é grande demais para cruzarmos caminhos de novo,
retas paralelas que apontam um infinito equidistante, instantes precisos, inatingíveis.
Fico atônito, reflito.
Eras somente uma alma, mãos abertas para que enchêssemos de éteres amorosos, caindo de nossas taças vazias,
preciosas preces surgiam de nossos desejos mais profundos.
Até quando esperar pela bem-aventurança, lembrança de um sermão,
um ser irmão,
um ser,
um somente ser e estar,
abrindo por entre as nuvens de pensares e quereres de meu céu encoberto,
preces que queriam dizer, Vem Sol,
trespassa estas nuvens.
Mas, eras impassível
e cortavas as ervas, eras a fio, daninhas plantas,
raízes de uma anterior experiência,
convicta,
equivocada,
inequívoca bifurcação de séculos de rota por aí a fora.
Vamos lá, ver os fogos,
a alegria daqueles que, sem consciência,
entendem tudo por mesquinho friso, risos
pequeno cenho, nulos fatos kármicos que desembocam na repetição quase certa.
Eles vibram, eu choro,
mas tu,
eras a fio, eras o pavio
a centelha de uma cartada certa no alvo amanhecer,
ser manhã nova.
Elos, eros, eras a fiar.
Confiar, traçar as cadeias que soltam,
as redes que salvam.
Eras, és, e serás.
Carlos Wagner
Carlos Wagner
Elos, eros, eras a fiar,
eras o bem amado!
éramos somente alma pedinte,
atravessando a vida em curso cambaleante, zigs e zags esguisitos,
reguisitos para uma apoteótica saída de cena, semanas inteiras urdindo tramas óbvias,
todo mundo percebia, todo um mundo é grande demais para cruzarmos caminhos de novo,
retas paralelas que apontam um infinito equidistante, instantes precisos, inatingíveis.
Fico atônito, reflito.
Eras somente uma alma, mãos abertas para que enchêssemos de éteres amorosos, caindo de nossas taças vazias,
preciosas preces surgiam de nossos desejos mais profundos.
Até quando esperar pela bem-aventurança, lembrança de um sermão,
um ser irmão,
um ser,
um somente ser e estar,
abrindo por entre as nuvens de pensares e quereres de meu céu encoberto,
preces que queriam dizer, Vem Sol,
trespassa estas nuvens.
Mas, eras impassível
e cortavas as ervas, eras a fio, daninhas plantas,
raízes de uma anterior experiência,
convicta,
equivocada,
inequívoca bifurcação de séculos de rota por aí a fora.
Vamos lá, ver os fogos,
a alegria daqueles que, sem consciência,
entendem tudo por mesquinho friso, risos
pequeno cenho, nulos fatos kármicos que desembocam na repetição quase certa.
Eles vibram, eu choro,
mas tu,
eras a fio, eras o pavio
a centelha de uma cartada certa no alvo amanhecer,
ser manhã nova.
Elos, eros, eras a fiar.
Confiar, traçar as cadeias que soltam,
as redes que salvam.
Eras, és, e serás.
Carlos Wagner
6 comentários:
Parabéns Vá. Muito lindo o seu poema. Aproveito para informar que Clara Arreguy está lançando o livro "Tempo Seco" no dia 18 de maio nos jardins do Palácio das Artes, às 19 horas. Vamos prestigiar essa mineirinha da gema! Abraços a todos visitantes do blog.
Fio
Ah! Já ia me esquecendo. Meu novo e.mail é antoniocarlosquaresma@gmail.com .
Blog do Vá também é serviço de utilidade pública.
Abraços
Fio
Valeu fiote. Que bom que você gostou...
Gostaria de ir ao lançamento do livro.
Vamos ver.
Gostei de tudo que voce escreveu sobre nosso querido querido menino . a saudade é grande, porém sabemos que ele está sempre presente em nossa memória, em nosso coração.
Anália
Até milagre ele fez...
Conseguiu que você escrevesse na internet...
Obrigado, mãe. Venha participar mais.
Wá
Vá, uma correção: o lançamento do livro de Clara Arreguy será no Cozinha de Minas na rua Gonçalves Dias, 45, hoje dia 18 de maio às 19:30 horas, bem no dia do aniversário do Enio, o nosso Renil.
Abraços
Fio
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