Fio, seu comentário é história e completa as coisas. Estou passando-o para a página da frente.
"Eu, Fio, naquele 1965 tinha 5 anos. Ficava lá do muro de casa vendo as coisas acontecerem na rua. Da janela da sala víamos toda o centro da cidade de Belo Horizonte. Era lindo. Víamos o JK na praça Raul Soares. Víamos a Igreja da Floresta. Naquela época não se precisava de relógio. Da janela víamos o relógio da Igreja da Floresta. Não acredita? Pergunta ao Betão.Bem, eu como a Valéria, era da rabeira, rapa do tacho... Eu e a Rita. Nesta época ela tinha 1 ano.Mas eu me lembro do campinho de terra em frente de casa. Era tortura quando a bola caía na casa da Dona Anália. Tinha o Swinge, cachorro pequeno e bravo,que poucos tinha a coragem de enfrentá-lo. Já aos 7 anos em 1967 pude sair mais de casa. Jogar bola, ir naquela misteriosa casa dos Coutinho Campos. Pessoal diferente. O Betão não saia de lá. Para os azares de minha mãe. Ela não combinava muito com o estilo do pessoal. E eu... Morria de inveja do Betão. Até que uma vez, talvez com 1o anos fui a uma festa na casa dos Coutinho Campos. Tocava Beatles, Jovem Guarda, Gilberto Gil, e tinha uma menina linda que lá morava. Chamava-se Cláudia: - Meu Deus, Como é que eu vou chegar nela e dizer que ela é a mais bonita da rua. Ela é mais velha do que eu. Naquela época um ano somava uma eternidade.Pois na festa perguntaram-me para o meu alívio que eu achava a mais bonita. Eu enrubreci...Mas falei: - É a Cláudia!São muitas estórias. Prá mim todas lindas! Que eu via inicialmente do muro da minha casa...Meu carinho à essa gente que me educou na busca da liberdade
Abraços, Fio"
5 comentários:
Fio, foi lindo seu comentário
mas o mais legal foi a parte "eu como a Valéria" (rs)
Beijos
Clara
É isso Clara, taca o Manual de Redação nele...!
Clara, é verdade, faltou uma vírgula, e para me redimir, vou me concentrar na aplicação de vírgulas, mas pensando bem eu prefiro "eu como a Valéria", sem vírgulas, é mais direto, é bem mais gostoso, e de ilusão também se vive,
Beijos,
Fio,
As mentiras, quando repetidas muitas vezes, costumam virar verdades... De ilusão também se vive, amigo querido!
Beijos em todos os Quaresmas, Coutinhos Campos e Sagradas Famílias (com duplo sentido)
Clara
"Comigo não caldeirão".Assim "ces" me complicam.Mas é isso aí.Eu como rapa do tacho, neguinho acha que eu não lembro de nada. É mole?????
Beijos Val
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