domingo, novembro 30, 2008





Newton viajou, focou o cosmo e
partiu deixando pedaços de riso em nós,
brincadeiras de uma vida séria.
Se foi ontem...dia triste,
dormiu e não acordou aqui, pelo menos,
abriu os olhos da alma livre,
está agora olhando um novo hoje.
E aqui, um hoje de saudade, impossível não sentir,
porque impossível não ter sentido nele a inocência, a criança, o amor por todos.
Quem dera pudéssemos viver todos juntos novamente.
Mas aqui, pelo menos...sabemos que recomeça novo ciclo,
um recomeço de saudade...dor no fundo...espelho de uma memória muito machucada...
é momento de testar e saber que Deus está conosco,
e está com ele, como ele sempre quis.
O mundo ficou um tanto sem graça agora,
pelo menos até entendermos o sentido das coisas,
das esquinas e dos clubes que forjamos com a carne do coração, que dói agora.

Boa viagem , meu querido irmão,
que aprendamos um pouco da sua doce figura, amiga de muitos amigos,
semente deixada a ferro e fogo aqui em meu corpo,
somos puro amor, por isso sofremos.
Que nossas vidas-alma possam um dia festejar o reencontro...
Vai com Deus.


Carlos Wagner

quarta-feira, novembro 05, 2008


Encontros
Carlos Wagner
27/10/2008


Encontros enquanto encantos,
nos cantos das paredes desse quarto, nosso mundo,
penso só, lembro junto,
o mundo, planeta nós,
quarto crescente de lua, a alma, o prata clarão, o ser que se ilumina,
em certeza, em beleza, em aprender.
Encontros, quantas vezes nós, abertos ao novo,
encantados e perplexos, respiramos ofegantes,
assustados com o imenso, com o pujante fluxo da vida.
Encontros, ciclos,
segundo leis quase incompreensíveis, somamos alentos,
momentos e instantes.
Ali, onde nosso espírito diz: “vivo”, expressa: “quero”, e mesmo “discordo”,
alí onde a alma, pequenina, qual criança indefesa,
admira os seres, gosta e desgosta, esbarra no impessoal,
transcende e abarca o humano,
refaz planos, constrói em conjunto, subtrai em segundos,
planeja as dúvidas, escuta as cantigas, os sons das almas alheias,
o canto dos encontros, as harmonias de nós.
Encontros, viagens mágicas do ente humano,
nós de uma corda de enlace, amplexo de vozes em tons,
nós, apertados peitos, cordiais vibrações, cordas vocais,
soamos às vezes em uníssonas harmonias,
e não importa que muitas vezes distoantes e em conflito,
porém, encontros de vozes, pessoas, entes vivos e importantes.
Encontros, despedidas, partimos em viagem, não importa o lugar,
se distante, se distinto, singulares enquanto iguais,
idênticos enquanto díspares.
Somos assim,
construímos as paredes, solícitas, solidárias, que agüentam provas.
Encontros, forjamos prédios, casas, edifícios do viver,
escolas do saber ser,
que cabem múltiplos moradores,
lar, cuja matéria emerge do coração, contém o mundo e seus sonhos.
Encontros, acasos, segundos na eternidade,
segundos, ciclos, revoltas em espirais,
aspirantes pelo novo ser, pelo novo saber, certeza de um novo fundar.
E seguimos, esquecidos do medo,
rasgamos as cortinas do mesquinho,
encorajados pelos laços do bem querer, forjamos novos e velhos Encontros....
Carlos Wagner

segunda-feira, novembro 03, 2008


Erráticas certezas

Carlos Wagner


Incertas, furtivos mergulhos no paradisíaco,
Lembranças aguçadas, dias de sol no íntimo.
Incertas, acertos, por certo, fico admirado,
combino com o nada, útil lente de ver o agora,
certas canções, certos sibilos, certos brilhos nos olhos.
A certeza fugidia se expressa repentinos clarões,
não me assusto, não surto, furto lembranças de glória,
fico incertamente tranquilo,
o paraíso é onde estou.
E o que mais?

Carlos Wagner

quarta-feira, agosto 27, 2008

Parabéns Hermélio

Postado por Carlos Wagner
Mensagem de Sônia Lúcia para Tio Hermélio


Quarta-feira, 27 de Agosto de 2008 9:17:19 Assunto: Parabéns para o meu QUERIDO

Olá Primos queridos,
Peço-lhes que imprimam e levem para o Tio Hermélio.


Hoje ele completa 85? anos. Sempre foi um dia de muita felicidade para mim, porque ele é uma referência muito marcante em minha vida. Espero que nós possamos comemorar, ainda que de longe, por muito tempo, essa data, Tio Hermélio. Você não sabe o quanto tem de história na vida de todos nós. Você e a Dindinha Anália constituiram uma família muito bonita, que eu e a Maria Sueli consideramos sempre como irmãos. Espero que estejam todos aí com você, nessa união e amizade e sei que há um que está longe de corpo, mas unido de alma, assim como nós não esquecemos dele.

FELIZ ANIVERSÁRIO TIO HERMÉLIO.
EU E O CHICO ESTAMOS REZANDO POR VOCÊ.
BEIJOS SÔNIA LÚCIA

sábado, agosto 23, 2008

Patrícia e Cida prestigiam o debate onde Hermélio Soares figurou como participante

terça-feira, agosto 12, 2008

Yuri Firmeza em BH





Aproximou-se de nós, Yuri, em nós apertados dessa corda das linhas da amizade, artista? arte história de encontro, uma célula que do passado buscou aquelas vivências que sentimos saudades, aqueles meninos da esquina dos "calças raladas na bunda", noites de meio-fio.
Aproximou-se, aportou-se em nosso mar, costas de práias várias, gente generosa, eu sei...
Belo Horizontem de nossa rua pitangui, sagradas cúpulas,
belos horizojes espalhados em olhartes e projetos bem-vindos.
Bem-vindo Yuri
Carlos Wagner




Que lugar é este?

Projeto de artes plásticas quer interagir com a cidade e propõe diálogo com a população de Belo Horizonte

Yuri Firmeza


Há alguns meses, em Fortaleza, ensaiou-se a discussão, em tom de denúncia, acerca do roubo e do estado depredado de esculturas instaladas em um parque da cidade.

Ainda que não seja simpatizante das “escolas” que pensam o corpo social por uma perspectiva orgânica - em que cada órgão tem, a priori, sua função preestabelecida e bem definida -, parece-me que a questão do Parque das Esculturas se trata de expulsão dos materiais indigeríveis, da devolução daquilo que não assimilamos.

Estou falando, aqui, do vômito, a máxima recusa. “É o estômago que, como sempre, revela a verdade.” Porém, antes de chegar ao estômago, há o ato de engolir e seu predecessor, o ato de mastigar.

E, se o problema é de assimilação, o Parque das Esculturas passa a ser apenas índice de um problema mais abrangente. Algo entalado por conta da mastigação inadequada.

À semelhança de outros - vários - projetos realizados no Brasil, a tentativa fracassada de aproximação entre arte e vida - no caso, a construção do Parque de Esculturas - instaura fosso ainda maior na relação do público com as obras. Efeito contrário ao proposto, inicialmente, pelos idealizadores dos projetos.

O apartheid que vemos no malogro desses projetos aponta não apenas para as lacunas entre as obras e os transeuntes, mas sinaliza, sobretudo, para a distância entre os artistas, a cidade e a população.

É preciso pensar a cidade - toda a complexa rede de relações e forças que a perpassam e lhe são inerentes - antes de pensar a “arte pública”.

O problema, talvez provocador desse regurgitar coletivo, é continuar insistindo na tentativa de apaziguar as carências de uma dinâmica cultural por meio de eventos e projetos megalomaníacos que operam apenas como mais um espetáculo entre tantos.

Desse modo, a melhor forma de não sofrer indigestão é mastigar as coisas de forma muito consciente. E, para isso, cada pessoa tem um tempo particular. O tempo de reduzir os grandes pedaços a pequenos farelos.

Tenho o meu tempo em Belo Horizonte. Esse tempo tem duração de 13 meses. O tempo da Bolsa Pampulha, projeto do qual estou participando e motivo de minha residência na cidade. Já se passaram alguns consideráveis meses que estou por aqui mastigando, ruminando, engolindo e, esporadicamente, vomitando.

A atual edição da Bolsa Pampulha tem como proposta de seu desfecho não mais uma exposição nas dependências do Museu de Arte da Pampulha: “Cada artista selecionado realizará ação expositiva concomitante ao resultado de seu trabalho, prevista para 2008, em espaços públicos da cidade de Belo Horizonte”.

Acredito que o formato de uma bolsa como essa possibilita relação mais intrínseca com a cidade, justamente por apostar nos bastidores, na mastigação e, por esse motivo, difere de eventos que visam simplesmente às luzes dos holofotes ao final do show.

O fato é que, para apresentar o resultado do trabalho desenvolvido ao longo deste ano, em espaços públicos da cidade, como previsto no edital da Bolsa, faz-me necessário um líquido.


O PRIMEIRO GOLE:

Assumir que estou vivo

Pensar minha estadia na cidade como sendo a minha intervenção no espaço público. Criar esse espaço por meio, justamente, das relações que invento com “a cidade”. Chegar a Belo Horizonte, amassar e moldar pão de queijo com a Anita, conversar sobre os mexilhões dourados com a bióloga Mônica Campos, dialogar com os motoristas de táxi na tentativa de entender o fluxo da capital, ir ao festival de cinema de Tiradentes, conversar com os travestis da Afonso Pena à procura de alguma Yuri, aprender a tocar flauta, ir a Patos de Minas, conversar sobre meus trabalhos com os alunos da Escola Guignard, escrever diário, andar com mapa no bolso, dar oficinas, seguir carteiros, ir a Lagoa Santa, ziguezaguear no Opala de Pablo, ir às reuniões de condomínio, fazer performances, comer doce de leite, ir ao museu, fazer piquenique no Parque das Mangabeiras, encontrar-me com os outros bolsistas, ir a Ouro Preto, conhecer pessoas na rua, desenhar a cidade, desenhar na cidade, desenhar-me cidade.


O SEGUNDO GOLE:

“A cidade” entre aspas

Enfatizar que a cidade que me interessa pensar não é apenas a cidade literal, física, arquitetônica, maciça. Mas todo o seu contexto - social, político, cultural.


O TERCEIRO GOLE:

Uma plataforma

Brasis. Fragmentos. Isolamento e falta de diálogo. Dificuldade de interlocução e uma pretensa história da arte. Era uma vez... no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Minha inserção no Pensar pretende criar um dispositivo para a produção de pensamento, conversas, fluxos e circuitos. Tal inserção faz parte do meu diário de experiências cotidianas. A partir de agora, o jornal se configura como plataforma comum para que as conversas reverberem em outros corpos.


O QUARTO GOLE:

Uma questão para além da ótica

Belo Horizonte vista por vários prismas, mas, sobretudo, inventada por cada toque. Uma cartografia em constante mutação. Que lugar é este? Para um geógrafo, para um cientista político, para um motorista de ônibus, para um artista “estrangeiro”, para pessoas que se movimentam e atuam de forma muito peculiar na cidade, para você.

Sim, Belo Horizonte, essas são algumas abocanhadas; eu não seria capaz de conversar e começar de outra forma. E, caso a conversa fosse outra, as esculturas seriam roubadas, o parque estaria em ruínas, as obras restariam depredadas e o sonho findaria saqueado.

Finalizo este texto com as palavras também finais de Miwon Know, em Um lugar após o outro: anotações sobre site specificity. “Somente essas práticas culturais que têm essa sensibilidade relacional podem tornar encontros locais em compromissos de longa duração e transformar intimidades passageiras em marcas sociais permanentes e irremovíveis - para que a seqüência de lugares que habitamos durante a nossa vida não se torne generalizada em uma serialização indiferenciada, um lugar após o outro.”

O que me surpreende é o fato de que, em nossa sociedade, a arte tenha se transformado em algo relacionado apenas a objetos, e não a indivíduos ou à vida; e também que a arte seja um domínio especializado, o domínio dos especialistas, que são os artistas. Mas a vida de todo indivíduo não poderia ser uma obra de arte?

Michel Foucault

Este texto é também uma escultura.


Yuri Firmeza é artista plástico e participa do Programa Bolsa Pampulha, do Museu de Arte da Pampulha (MAP)

Texto publicado no jornal Estado de Minas

Pensar - Sábado 09/08/2008

sábado, julho 26, 2008

uma canja para todos...
mira só o encontro de gênios....

http://blogln.ning.com/video/video/show?id=2189391%3AVideo%3A7728

quinta-feira, julho 24, 2008


Newton mandou esse texto via e-mail.

Acho que um bom lugar para ele é no nosso blog (entre amigos).
Tomara seja essa a qualidade da nossa amizade.
Sempre com lembramças de vivências fortes em minha memória, desejo um lugar bacana para todos nesse barco da vida.
Abraços
ENTRE AMIGOS

Para que serve um amigo?
Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra.
Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.
Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.
Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão.

Veremos.
Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.
Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.
Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.
Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.
Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.
Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.
Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

domingo, julho 13, 2008

Coração, centro da vida...

Carlos Wagner
Pensar, prensar, penar, pedir, Adicionar vídeo
pensar comunicações,
prensar símbolos e rabiscos,
todas as coisas que se escrevem,
penar dores em pencas,
pedir sempre por entender tudo e de tudo fazer utilidades.

A vida, pequeninha, pequeninha mesmo,
berra alto e me faz conhecer, berra auto-conhecimento.

O músculo coração, não se cansa, numa mágica e insistente informação,
fala algo, uma linguagem que quase entendi de repente.
Quantas vezes ele pulsa na vida? Fico pasmo.
Posso ver, gostar, querer, olhar, buscar falar de algo que move as energias,
imagens, personagens, camaradagens, sacanagens,
rodopiam rodas de pensares,
rodas esfumaçadas, estranhas figuras como nuvens de toda cor,
giram em torno do meu olhar fixado nelas,
atónito como um louco profeta.

Tento perguntas, "quem sou, quem és tu meu eu"?
Ainda outra noite sonhei um sonho amigo, sonhei que dormia ao meu lado um destino,
que desassemelha e desbarata minhas pretensões de ser um grande "qualquer coisa",
porque coisas somos, como eus rebeldes, anjos esborrachados, e o chão não é o limite.
Cá estamos, movidos e vividos pelas forças, forcas que nos penduram.
Olhamos e vemos os nossos pés balançando.

Engraçado é que não sentimos falta de ar, armados que estamos de pretensa saúde,
pretensa filiação de um Rei distante.
É só olhar, o reino está destruído, a beleza não tem espírito,
as flores não têm cheiro. Estamos enforcados como Judas.
O reino está imundo, nós mandamos e desmandamos,
O rei onde está? e o que queremos dele?
Ouço algumas hipotéticas respostas, ouço um chamado.
Mesmo na forca, o ar que nos alimenta parece eterna energia que não nos quer mortos.

Respiro vida, respiro sonhos de uma profecia,
respiramos por sete cavidades,
sete chances, sete vidas.
"Negros gatos", subimos sete montanhas,
sete telhados, sete pecados.
Caímos e reencarnamos nas sete vias da esperança,
Sete selos nos separam da Dignidade.
Por isso, sete vezes sete impulsos em mim me dizem que se tem que achar os caminhos do coração.

Viva! Vive em nós a Esperança

sete vezes setenta e tantas batidas que forem necessárias, o coração não cansa.

Ainda bem!!!

sábado, julho 05, 2008

às Mulheres


De repente uma homenagem....
Carlos Wagner - Abril de 2008

Tive de repente uma súbita visão,
Olhei e vi minha mãe,
Olhei de novo e vi minha filha,
Tornei a olhar e vi uma vizinha.

Encabulado, esfreguei os olhos.
Com olhos fechados, ouvi vozes.
Ouvi minha mulher,
Quis olhar,
Ouvi minha avó,
Sem entender, ouvi uma antiga professora.
Fiquei perplexo a pensar,
Minha memória avivou-se,
Pessoas importantes foram sendo lembradas..
Uma tia, uma amiga,
Uma mendiga que ontem me sorriu
E me ensinou um olhar.
Surgiu também o rosto e o corpo de uma mulher num anúncio de cerveja,
Também uma mãe e vários filhos, com rosto contrito a pedir dignidade.

Abri os olhos, corri para o espelho,
Pude ver um mosaico a me circundar,
Giravam imagens, percebi muitas mulheres,
Vi uma creche, vi uma maternidade,
Vi fábricas onde muitas mulheres teciam ao mesmo tempo em que eu as via amamentando,
Costuravam, urdiam planos e gerações.

Meu coração esquentou, surgiram percepções,
Abriu-se em mim um grande amplexo,
Quis abraçar o mundo, muitas pessoas,
Quis acolher muitos filhos e filhas,
Entendi que as mulheres aconchegam
Acolhem, cuidam, amam,
Engendram seres humanos.
As vi gerando a humanidade (essa mulher maior)
Compreendi que ela preserva as gerações.
Quis saber então por que nos chamamos “Homens”?
Talvez a arrogância masculina manipule e forje um Deus homem,
Masculina cultura.
Então, reforçado em mim mesmo,
Ansiei por um equilíbrio real de gêneros.
Vislumbrei um ente humano mais feliz

Carlos Wagner

sexta-feira, julho 04, 2008

BH em dia frio...cá em nós calor...




Frio frívolo dia.
É hoje,
um dia meio frio,
rio de algo que gosto e tem gosto conhecido,
gosto do dia,
ia me lembrando de coisas de dias frios.
Fios e meadas, linhas de raciocínio, ciosas memórias.
Agrado do dia, há gratas fotografias lá no meu mundo história,
memorial de encontros e encantos que importam,
entram por simpáticas portas,
maneiras e pensares,
simpáticas, sim, enfáticas falas, palavras e frases
cadeias de livre pensar, livro lembrar,
livres arroubos de uma mente sincera, verdades e meias-inverídicas idades.
Hoje é um dia meio frio, fio que estarei desperto até de noite,
bem-estar, hei de completar meu contemplar,
e quero dormir quentinho, na noite de um dia frio,
sonhando levezas, voos por sobre territórios de calor humano,
paragens que mostram dias frios, florestas frias, momentos de sorrisos solitários.
Sonho de tudo, um desejo quente.
Hoje é um dia em que tudo começa a ficar mais claro,
e quero temperar as coisas com cuidado,
quero olhar ao lado e ver irmãos com entendidas percepções.
Hoje é um dia bom,
ao lado moram vizinhos, entes como a mim mesmo.
Um dia frio, e o calor em nós,
nós que tanto buscamos,
nós apertados desta corrente de gente enlaçada.

Carlos Wagner

segunda-feira, maio 26, 2008

Across the universe - Vale a pena ver....

Filme "Across the Universe" revisita clássicos dos Beatles

SÃO PAULO (Reuters) - Experiente diretora de musicais na Broadway, premiada pela encenação de "O Rei Leão" (1998) e também por filmes como "Frida" (2002), a diretora Julie Taymor encarou recentemente um desafio enorme --atualizar o clima das canções dos Beatles, criando uma estrutura dramática para o seu conteúdo. O resultado está em "Across the Universe", estréia desta sexta-feira em São Paulo e Rio de Janeiro.

A história acontece exatamente na mesma época do nascimento das canções, os anos 1960, recorrendo-se a novos intérpretes e novas gravações. Às vezes, usa-se a voz dos próprios atores --cujos personagens foram especialmente batizados também em função das músicas, como Jude (Jim Sturges), nome inspirado em "Hey Jude". Alguns veteranos de peso comparecem no elenco e nas interpretações, caso de Bono e Joe Cocker

Jude (Jim Sturges) é um jovem estivador de Liverpool que descobre que seu verdadeiro pai é um norte-americano. Durante a guerra, sua mãe (Ângela Mounsey) engravidou deste soldado, que partiu de volta para casa sem saber da gravidez. Jude larga emprego, namorada (Lisa Hogg), e decide dar uma grande virada na vida, indo procurar o pai nos Estados Unidos.

Lá, ele muda de interesses. Apaixona-se por Lucy (Evan Rachel Wood, protagonista do drama "Aos 13"), torna-se amigo do irmão dela, Max (Joe Anderson). Os dois rapazes vão para Nova York, alugando um quarto no apartamento da cantora Sadie (Dana Fuchs).

Na banda que acompanha Sadie, toca o músico Jo-Jo (Martin Luther McCooy), que pode se considerar como um herdeiro artístico de Jimi Hendrix. Faz parte dessa turma também uma certa Prudence (T.V. Carpio).

A luta pelos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã influi sobre as vidas dos personagens, enquanto desfilam pela tela, em criações coreográficas e visuais de uma inventividade incrível, cerca de 30 canções, como: "Helter Skelter", "Why Don't We Do It in the Road", "Dear Prudence", "Because", "Oh Darling", "Don't Let Me Down", "Hold me Tight", "With a Little Help from my Friends", "Strawberry Fields Forever", "I am The Walrus" e "Let it Be".

Embora vise claramente espectadores jovens, "Across the Universe" reserva um potencial de atração também para platéias mais maduras, que cresceram ao som de "Girl" e "Hey Jude". A intenção da diretora parece ter sido fazer todo mundo se sentir jovem assistindo a este filme.


(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

terça-feira, maio 06, 2008

Sentido!
Carlos Wagner

Chego morto de sono,
escrevo morto de sono,
revejo, retomo, vejo o dia e quero dormir,
me lembro de tudo, esqueço detalhes e lembro do todo.
Morto de sono, escorrego entre as letras que se fixam ali em frente.
Morto de sono, somo as idéias e as modifico em sentido,
senti dor naquilo, sorrio prazeroso noutro aquilo,
dou sentido outro ao que, sem sentido, me deixou perplexo.
-E se nada vivi de concreto?
-E se discreto me furtei dos sentidos mixórdios?
-E se o dia foi mesmo para se esquecer e eu, desafortunadamente, me lembrei de lembrar? Tem sentido?
Tenho sempre me sentido estranho diante de muitos dias sem um sentido que valha sequer a pena. Apenas sigo vivendo, me vendo em giros entre sentidos diversos. Prá lá, prá cá, caindo em sérias armadilhas, ilhas de engano.
Sozinho, cercado, cada lado é um medo, cada lado é um susto possível...
Vou me lembrando, cheio de sono, rodopio entre as letras e minha cama, tão distante...
deito no chão...
acordo às cinco...
meu sono me foi roubado, um estranho sonho me contou sentidos e setas. Acordei e fui logo seguindo um certo hábito sem sentido...
...a vida está fervendo lá fora, lá longe para onde tenho que ir fazer coisas que, sinto muito, não fazem muito sentido!

Carlos Wagner

terça-feira, abril 15, 2008

Por entre as janelas do agora...

Por entre as janelas do agora...
Carlos Wagner

Cá de novo, novo novelo, novela esta vida, drama...novos elos...
Tramas, mostras, outras redes, amarras tecidas ponto a ponto.
Subimos, descemos, mergulhamos ou voamos por sobre as montanhas, nossas provas.
Aqui e
ali nossos pés pisam firmes ou não, sempre buscando o melhor solo, guitarras distorcidas, loucas harmonias ou "caretas".
Sei que vamos, e soa uma melodia, música das esferas,
sinfônicas arquiteturas de autores sobrenaturais.
A vida tece, somos a linha e o pano, somos agulha e somos o furo por onde passa a linha do tempo.
As mãos limpam, as mãos se sujam, e pensamos se bem somos, se mal queremos ser o que sofremos.
-
Ei, espere aí, não fujas por teres sujas as mãos. Há tempo, há chances, os processos são portas atrás de portas, possibilidades desconhecidas, porém, portas, mesmo que trancadas, existem chaves, precisamos encontrá-las.
Logo
ali repousa o entusiasmo...

sábado, fevereiro 09, 2008


Hora é...
Carlos Wagner

Chego cedo, chego cego por ceder algo agora, chego, medo, meço minhas chances, avanço até onde posso. Passo por minhas dores, minhas marcas na pele curtida, chicotes.
Durante as encarnações no tempo, enfiadas em meu sangue herança,
sei de mim, por dentro de meu coração, de minha percepção aguçada, sei e oblitero, persuado a mim mesmo que ainda há que se esperar, o tempo não se fez total, a massa crítica, mítiga figura que me assombra, me açanho, sanha de uma saga, envolvido em dúvidas de que “ora est”.
Cedo, afio a foice cega, afoito e hesitante, corto os espaços do pouco tempo que me sobra. Partem-se os pedaços de fantasmagóricas peças de uma insana imaginação, zombeteiras, assustadas agora.

Ganho força na clara imagem da cena.
Vejo então, com alegria, a hora estava certa. Estou pronto para rir e ser feliz... se o coração for o Mestre.


Carlos Wagner
09/02/08

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Desassossego

Desassossego

O desassossego, explícito na carne dos olhos de minha retina retine como luzes no fundo nada calmo do meu olho que vê tudo em câmera lenta, linda imagem que quase me seduz ao fim do filme de uma vivência momentânea.
Fico atônito
fico afônico
biotônico fonte de ouro, pote de couro.
Fico como estava no momento da partida de um grande amigo que não verei mais, chorando copiosamente, cópias de um texto não lido, sabido, instigante, medroso, tinhoso, malandro na alma de mim.
Fico por aqui...apareço por lá, sustenido, sustentado e atentado por fantasmas do tempo.
Fico atento...e quase vejo na entrelinhas...
percebo que desse sossego de não querer passar por cima dos degraus necessários,
me afirmo flexível e encaro os dez aços desse ego que querem-me desassossegado.

domingo, janeiro 06, 2008

Vale ler

Aproveitando tempos de relaxamento, consegui ler mais um livro todo, e gostei muito.
Quem curte e/ou curtiu tempos dos 60/70, suas músicas, sua cultura, precisa ler este livro. Gostei muito. Fiquei gostando mais desse cara. Uma vida cheia de desafios, sofrimentos, porém, uma tábua sempre o levou por caminhos em que, ao final, pudesse tomar a vida em suas mãos: a música e sua arte de instrumentista. É muito agradável observar a vida de um vencedor, mesmo que ele, igual a nós mesmos, do profano e comum, tenha percorrido caminhos perigosos, e encontra força na alma para dignificar a Vida.

domingo, dezembro 30, 2007

Eu tive um sonho

Este texto é melhor visualizado no site: http://coutinhocamposnoseoutros.blogspot.com

Eu tive um sonho...

Nele, chovia forte,a tempestade cantava sons de tempos difíceis,
Nele, um exército revolucionário seguia com seu comandante,
corajoso e altivo,
induzindo seus soldados ao avanço intrépido, forçando suas tropas na intempérie fatal.
Também em meu sonho árvores fortes, de raízes profundas, exibiam sua garbosidade, grandiosidade e fixidez, imóveis diante do vento, enquanto outras, parecendo desesperadas, se moviam e se curvavam ao sabor da ventania...
O tempo passou e de novo se fez paz...
...e restaram da intempérie, floridas árvores flexíveis, e pelo caminho, quebradas, mortas, árvores inflexíveis,
e soldados, também mortos por um comandante corajoso e inflexível que, incapaz de uma leitura histórica, com objetivos rígidos e inflexível estratégia, animava seus comandados a enfrentarem o tempo fatal.
E acordei olhando a realidade....
...e segui com os olhos abertos, difusamente atentos, em movimento...
...para o passado, pelo exemplo,
...para o futuro, pela meta,
e, principalmente, para o presente, atento para as armadilhas da lógica fácil.

Carlos Wagner

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Homenagem merecida...

Amigos,
segue aí uma comunicação que o Zé nos mandou. Achei importante blogá-la neste espaço. É uma bela homenagem ao Sr. Hermélio Soares Campos, meu pai.

De:
Jose Raimundo Cardoso Filho
Enviada em: segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 09:22
Para: Hermelio Jose Coutinho Campos
Assunto: ENC: Homenagem a Vera Magalhães

Hermélio,

Quando meu cabelo ainda era grande, logo após o fim da Ditadura, estava numa palestra na FAFICH sobre o período sombrio quando um sindicalista fez um desabafo que deixou toda a meninada classe média um tanto sem jeito. Falava-se muito dos garotos que tinham morrido na luta armada até que aquele sindicalista lembrou que ninguém rendia homenagem aos sindicalistas pobres mortos, perseguidos, exilados e que foram muitos.

Na verdade eu acho que, mesmo pensando que a luta armada foi um equívoco, todos se ferraram, ricos e pobres, sindicalistas ou estudantes.

Poderia escrever toneladas sobre isso. Mas vou lhe dizer apenas que me tocou ver que o senhor Hermélio Campos foi sindicalista exatamente no período mais barra pesada de toda a história brasileira. Isso é que é estar no lugar errado na hora errada!

A história oficial é feita por homens que ocupam grandes cargos. Já a Aventura Humana é feita por homens que têm coragem para segurar ondas que poucos (a maioria de nós, eu inclusive) não seriam capazes.

Dê em seu pai um abraço por mim.

Raimundo

quinta-feira, novembro 22, 2007

Rápida história da sagrada...






História da Sagrada Família


Texto e foto obtidos no site:


www.jornalnossahistoria.com.br


Nos seus primeiros tempos, o bairro Sagrada Família ficava plantado a beira do córrego da mata, hoje canalizado, sob a moderna e movimentadíssima avenida Silviano Brandão. Sagrada Família começava com o presépio do Pipiripau, quase debruçado à margem do córrego. A esse presépio, se chegava através de uma pinguela de pau e estreita.


Isso foi o princípio do bairro, que ia subindo morro acima, acompanhando a velha rua Conselheiro Lafaiete, única existente na época. Tempos depois, esse novo bairro passou a subir pelas ladeiras de rua General Carneiro, a mais larga e a melhor arborizada.


Todas as pessoas do nosso bairro desciam o morro para pegar o bonde do Horto, que subia e descia a rua Pouso Alegre, em busca da saudosa e ensombrada de árvores, a Praça Sete. Este velho bonde rodava pela avenida do Contorno, viaduto da Floresta, rua Caetés e, mais tarde, rua da Bahia, para alcançar o centro.


O nosso bairro possuía alguns automóveis que, mesmos velhos ou antiquados, era a expressão de classe e pode econômico. Hoje, como toda Belo Horizonte, o bairro convive com o crescimento conturbado da especulação imobiliária. Mas, muito ainda pode ser visto da saudosa comunidade, o bairro continua um excelente lugar para se morar e amizade ainda prevalece.


Origem


O bairro Sagrada Família começou a ser povoado no início do século XX, com a fazenda do Sr. Altamiro Corrêa que, posteriormente, demarcou os lotes e vendeu cada unidade por 400 mil réis, em prestações de 50 mil réis por mês. Foi na administração do então prefeito da época, Otacílio Negrão de Lima, que esta fazenda foi transformada em loteamento. Os nomes de algumas ruas como João Gualberto Filho, Stela de Souza, Genoveva de Souza e outras mais, são em homenagem a familiares de João Gualberto, um dos primeiros moradores do bairro.


Nome atual -Primeira versão Sugerido por Maria Brasilina, mulher de João Gualberto, em 1913, o presépio do Pipiripau foi montado, o que inspirou Maria Brasilina a sugerir a troca de nome para Sagrada Família.


Segunda versão De acordo com alguns moradores, no início da década de 40, o padre Alemão Idelfonso Beu, construiu a igreja da Sagrada Família e resolveu mudar o astral da vila, que era considerada uma periferia perigosa e procurada para trabalhos de magia negra, escolhendo um nome católico.


Divisão Geográfica O bairro era formado por treis fazendas: Fazenda de Juca Cândido(Lajinha), Fazenda de João Carlos e a Fazenda Maria Brasilina (parte das terras doada pelo seu pai João Carlos).
Dentro da Fazenda Maria Brasilina, foram criadas pequenas vilas como: São João, Reunidas e Lili.


Religião A primeira missa foi celebrada pelo Monsenhor da igreja da Floresta, na primeira capela do bairro, rua João Carlos, esquina com rua Conselheiro Lafaiete. A pedra fundamental da igreja da Sagrada Família está localizada entre a igreja velha (hoje, salão de festas) e a casa paroquial, onde documentos foram colocados dentro da cavidade esculpida na pedra. Por solicitação dos moradores, foi colocada uma cruz na rua São Lazáro, quase esquina com a rua São Luiz, onde se realizavam as missas aos domingos. Não podemos esquecer que o Cruzeiro que existia, onde hoje é o EPA Supermercados, foi fragmentado em pedaços e, uma das partes, se encontra na igreja Sagrada Família, transformado em crucifixo. O padre Idelfonso muito se destacou pelos trabalhos realizados, mas saiu da paróquia alegando estar sendo caluniado e injustiçado.


Curiosidades Entre as ruas Conselheiro Lafaiete e rua Pitangui, havia uma porteira e a seqüência da rua era apenas uma trilha.


A casa de jogo de bicho era explorada pelo Sr. Victor e “Coração” seu irmão.


Às quintas-feiras e aos domingos, jovens se reuniam na casa do Sr. Raul para um sarau, onde surgiram vários casamentos. Não podendo esquecer os bailes na Filarmônica-casa de dança, que se localizava entre o bairro Sagrada Família e Horto Florestal.


A avenida Petrolina era um córrego , hoje canalizado, onde se pescavam trairas, bagres e piabas.


No conjunto de aparte mentos entre as ruas São Luiz e São Marcos, próximo a construção da Academia Forma Física, era o famoso “campo da Grota” hoje Praça Antônio Menezes.


A biquinha localizada na rua Abílio Machado com avenida Petrolina é proveniente de um poço artesiano.


A pedreira no “Buracão” empregava muita gente e ficava situada no meio da rua Volta Grande. E, no caminho da rua João Carlos, existia uma ponte para fazer o cruzamento com a rua Conde Ribeiro do Vale.


Também muito famosa era a lagoa no terreno Sr. Alfonsus Guimarães, muito conhecida, que fazia divisa entre o bairro Sagrada Família e a região que hoje conhecemos como Cidade Nova, que naquela época era um terreno acidentado por barrancos e possuía Mata Atlântica, conhecida por Fazenda do Estado ou Instituto Agronômico.


A formação educacional, na época, acontecia apenas no Grupo Escolar Helena Pena, a primeira escola do bairro, fundada em 1945.


Nos anos 50, o futebol, já consagrado como esporte favorito dos belo-horizontinos, ganhou força com a construção do Estádio Independência.


A grota, como era conhecida pelos moradores, foi o ponto alto da história do nosso bairro. Times conhecidos como: Novo Horizontino, Lafaiete, Ideal, Ponte Preta, São Carlos, João Carlos, Maravilha, Cruzeirinho, Brasilina, Palmeiras, Gráfica, Oriental, Estrelinha, Lunense, Meridional, Independente, Republicano e outros, estão guardados na memória dos antigos moradores.


Em 1958, foi inaugurado o Cine Casbah, o primeiro e único no bairro Sagrada Família. Localizado na rua Genoveva de Souza, 975.


A alegria das manifestações culturais e as festanças de ocasião eram por conta da Escola de Samba Unidos da Brasilina e as congadas do Sr. Galdino e do Sr. Alberto dos Santos.


O transporte coletivo era feito pela Viação Vitória até à Pracinha Nilo Peçanha e lotação jardineira, dirigida pelo motorista Zezinho, ia até a rua que hoje se chama Godofredo de Araújo. Curiosidade: o famoso Guarda-Louça era o nome do ônibus da linha Vitória. Os carros de praça (táxis) eram do Sr. Augusto, Dedé e José Prata.


Com o tempo, outros moradores foram chegando, pessoas que a memória guarda profundamente. São muitas as lembranças, tudo com seu tempo marcado na história!

Tempos

Lá se vão os tempos
são outros outonos
diversos movimentos, atos e histórias
contos reais de gente viva,
tempos, mudanças, ir e vir de idéias e ideais,
artes e admiração, música fluindo na memória da história
contida no coração dos nós conhecidos, atados em ligações tênues estabelecidas nos tempos de sempre.
Os tempos permaneceram em mudança, levando nosso desejo de segurança a acostumar-se com o impermanente, com o efêmero que há em tudo, porém, que a memória registra indelével.
No mar dos registros, símbolos e signos, navego com o coração em paz, acolhendo o amor que há na interação de tudo e todos.
Pulsa Vida, pulsa nosso pulso, pulsa o coração
lembrando de "cor e salteado", fazendo arte em minhas veias, velhos rios dentro de mim.
Que seja útil o rio de mim, magnético vibrante de alma a alma.
Que seja ágil mesmo que frágil o movimento da liberdade
soltando a mente prá fora dos padrões petrificantes.
O tempo dirá a resposta sobre "que fim levou aquele sonâmbulo sem nome?"
Talvez dirá: "transformado em gota, pulou para dentro do rio da Vida de sua Origem".

terça-feira, novembro 13, 2007

Tudo certo!

Após mais uma cirurgia....
Anália mais uma...
Anália que firme nos mira, de um lugar para onde, confusos ficamos olhando...
lá vai mais uma, e ela passou e está de lá a dizer: "vergo mas não quebro!".
Olha, tudo bem, ficamos felizes, ficamos perplexos...
ficamos de perto aprendendo a admirar a fibra dessa mulher.
Parabéns

sexta-feira, outubro 12, 2007

Ah! o amor



Ah! o amor,
que fruto estranho é esse que embriaga
tira-nos partes da razão
afoba-nos
remoça-nos
nos tira do controle
nos toma de gato-por-lebre
tira uma virgindade da inocência (pleonasmo)
mas é...mesmo assim
fundamento de tudo, base de tudo o que o homem faz
base dessa civilização cheia de contraditórios processos
cheia de ódio, seu irmão gêmeo,

ah! o amor, que só não se basta
carrega à tira-colo a reação a tudo que é ação,
carma e darma
bem e mal
bom e mau
noite e dia
morte e vida
medo e coragem
tudo duplo, enfim,
equilibrando uma vida polo-a-polo
começo meio e fim "ad infinitum",
Será esse o verdadeiro CARITAS UNIVERSAL?

Há dois amores?
Sinto que sim, sinto

sinto que cintos se partem, tempo poderoso, Rei, disse o Gil,

"vejam como as águas, de repente, ficam turvas!"
"Ensinai-me, ó Pai, o que eu ainda não sei,
transformai as velhas formas do viver",

ah! o amor, estranho ser entre nós, tão perdidos nessa estrada...
devorados pela esfinge por não termos decifrado seu enigma, seguimos...
todo garbosos, desconhecendo as chagas abertas em nossos corpos fatigados,
chorando, porém, pretenciosamente orgulhosos de nosso amor menor, incapaz de trazer a paz.


Que venha o despertador desassossego!


poesia

AMOR - SUBSTANTIVO ABSTRATO
Anália Coutinho Campos

Amor, substantivo,
Substantivo abstrato...
Está na gramática,
está nos dicionários.

Porém o que dizem os poetas,
Os amantes, os profetas?
Que ele é a mola mestra
que dirige a vida.., e ninguém contesta!


Que é lindo e forte, e às vezes sobrevive até depois da morte...
Não importa se no sul ou norte.
O amor e o ódio são dois sentimentos
Antagônicos, mas semelhantes.
O primeiro pode até, se desprezado,
num grande ódio se tornar, somente.

O ódio, por sua vez,
pode se transformar,
em um amor tão profundo,
e desafiar Deus... e o mundo!

O AMOR não e um só, são muitos,
são vários, que numa palavra apenas
podem caber, podem viver,
podem, mesmo, florescer.., crescer.

Amor que cria,
Amor que mata, maltrata,
Amor-sadismo, egoísta,
Amor masoquista!

Amor criança — esperança...
Amor saudade — maioridade!
Amor demente, inconseqüente...
Adolescente... amor prudente!
Amor de mãe, tão lindo e forte!
Que sofre sorrindo,
mas às vezes chora, na alegria,
se lhe sorri a sorte...

Amor - paixão - incandescente!
Amor maduro, amor que dura...
Até à Eternidade,
AMOR - SAUDADE!

Amor antigo, amor moderno...
Entre amantes - amor promessa,
enquanto dure, amor eterno!

Estão aí mostradas,
De maneira simples e pessoal,
As diversas formas de AMOR...
Porem a mais pura é aquela que dedicamos

Ao nosso SALVADOR!

terça-feira, agosto 14, 2007

blogger


Hoje encontrei no meu caminho esta folha.
Pensei na hora: para quem tem uma meta, basta seguir a seta.
Valeu, eu entendi.

E gostei.

Um olhar sobre o tempo atrás de nós...

Num dia como o de hoje, pensando nas histórias, que são muitas, nas histórias que são nossas ( como seria possível que assim não fosse ), não nos descolamos das mesmas, não nos vemos separados de nenhuma forma daquelas imagens nada fixas em nossas memórias.
Meninos e meninas, jovens e verdes, pensando grande, pensando em sermos gente influente.
Imagens, muitas, ricas, cheias de gente, cheias de muita crise, no entanto, firmes estávamos em nossas propostas por sermos Humanos, conosco e com os outros. Era uma Era de motivos, de risadas, de críticas e de momentos críticos.
Estávamos lá, numa belohorizonte outra, amena, sem grandes riscos, sem grandes assaltos, em todos os sentidos. Amávamos as paisagens, sonhávamos que éramos os músicos, os pintores, os autores, os escritores, os cineastas, os grandes homens. E éramos tão pequenos.
A estrada não parecia tão longa e sinuosa, como dizia o Paul...E era, e é, e não importa o quanto já caminhamos, importa o quanto já aprendemos e podemos dar os braços, abraços, mandar recados e dizer: vivemos e estamos aqui para dizer que foi muito bom, apesar de muito doido e algumas vezes doído.
Abraço a todos quantos queiram viajar nessas memórias.

domingo, julho 22, 2007

Roberto Dias dá uma canja...

Roberto Dias disse...

"E aí cambada?Assim vejo minha passagem pela "Sagrada Familia", o nome não poderia ser mais apropiado. Foi fundamental na formação do meu carater. Conquistas que hoje são uma realidade, aquela época já eram amplamente esboçadas e discutidas por um grupo de jovens que se atualizava e participava social e policamente de tudo o que estava acontecendo. Participamos de grandes e proveitosos experimentos de onde todos souberam aproveitar só o de melhor que eles nos ofereciam e, num momento certo, todos passaram a encarar a vida com a responsabilidade que ela nos exigia. Um agradecimento especial à dupla que contribuiu de maneira decisiva para que tudo isto acontecesse. D. Anália e Sr. Hermélio, abraços aos dois e saudades. Sentimentos como amizade, solidariedade, justiça e amor nunca foram usados como cliches para que alcançássemos interesses escusos. Saudades de todos."
Roberto Dias.

quarta-feira, julho 18, 2007

Alan, seu comentário merece ir pra frente...

Comentário do Alan é mais um registro histórico...
Valeu "Baby Jones"!

Alan disse...
Que grande honra aparecer no blog, ainda mais ao lado do Lô. Naqueles bons tempos de 1975 o Marculino, Chiquinho Woodstock, Banhaninho (só faltou o Marcio Malhado), resolveram ir pra Viçosa (quem sabe pra estudar agronomia), onde eu, o Enio e a Anita já estavamos estudando (quem sabe passeando). Foi aí que o Marculino nos levou pra Santa Tereza, onde curtimos muito os Borges e outras figuras da pesada (Baú, Beto Louro, Dodge, Leitão, Edésio, Fatima Bocão, ...). Tudo era festa, também com 20 anos, até jiló é sobremesa (como dizia o Roberto Dias). Uma vez fomos num aniversario não sei de quem, com o Lô e o Marculino e os dois tocaram Beatles até de manhã, foi demais. Outra vez o Lô foi pra Viçosa, ficou lá uns 10 dias, adivinha se fui a aula ? era só cachoeiras, sitios, futebol, violão e curtição. E embora o tempo tenha separado todo mundo, não perdemos a ligação e a vontade de ver todos juntos de novo.Aproveito pra deixar o site que o Marculino criou sobre Viçosa:

http://www.naportadobandejao.com.br/

um abração do Baby Jones

terça-feira, julho 10, 2007

Lô Borges e Alan


Olha aí, o nosso amigo Borges sendo prestigiado pelo Músico mineiro Alan Afonso Azzi.
Muito bem , você está bem na foto....
Brincadeiras à parte, o bairro Sagrada Família deu frutos interessantes para as nossas relações ulteriores. Muito próximo à Santa Tereza, bairro do Clube da Esquina, Sagrada Família possibilitou encontros onde a música estava sempre no contexto. Deu até casamento, Telo Borges com Bete Coutinho.
Toninho Horta também passou por lá, sempre visitando a casa do nosso amigo Arnaldo, que acabou preferindo uma vida mais doméstica.
Hoje, um representante dessa época, sempre entre nossos encontros, é o Marcolino, amigo de rua do pessoal do Clube da Esquina e que fez, se não me engano, a ligação. Ele, o Telo e o Nico Borges sempre estavam lá em casa, tocando, brincando e curtindo. Foi o Marcolino que me ensinou a tocar "Equatorial", muito antes de ser gravada. Dá pra vocês?
É isso mesmo, Alan?
Vê se se apresenta e conta um pouco dessa história. Deixa de ser preguiçoso.

sexta-feira, julho 06, 2007

Primos em dia de festa


Carlos Wagner, Beth Coutinho, Valéria Maria, Zé e Newton, em dia de aniversário do Seu Hermélio.
Na Pitangui -
Os tempos vão passando e nós vamos reafirmando, de alguma forma, que a vida só vale a pena se o Amor for o amálgama de todos os acasos. Sempre há motivos para sabermos que "nada é por mero acaso". É só olhar e ver, existe um elo misterioso que nos traz colados indelevelmente.

segunda-feira, maio 28, 2007

Mais frutos da Sagrada Família...


Dia da formatura do pré, da Sara...

Luiza, Ivan, uma garotinha, e a Sara...
O tempo transforma o mundo,

o tempo nos joga pra frente,
o tempo é mesmo um Deus poderoso.
Dentro de mim, parece que ele não existe, pois nem percebi que ele passou.
Só sinto que fiquei mais lento e com uma certa preguiça...
Nossas crianças tratam de desmentir nossa pretensão...
Como na música, "todos os dias, toda manhã, pinduca vai esperar o trem"
"que nunca para".
Estamos aí, nas nossas crianças, que hoje sonham com suas crianças...que sonharão com suas crianças...

sexta-feira, maio 18, 2007

À Anália


Mãe, mulher, guerreira de lutas humanas,
vitalidade
capacidade para entrar e sair de todas as barras,
experiências marcadas
marcas de um tempo bem vivido, solidário, amigo
sempre buscando a boa conversa,
sempre pensando no outro,
românticos desejos de uma saga humana mais positiva.
Mãe, mãe de irmãos, de primos e sobrinhos,
filhos e maridos,
sempre com mãos extendidadas,
dando, às vezes, das migalhas,
uma parte, dividindo otimismo,
amando os filhos de cada próprio jeito,
Anália, Ana aliada, ilhada de nós,
rebentos bentos de uma água Coutinha
regando Campos, floridos frutos na terra.
Toma tua medalha....és campeã!

quinta-feira, maio 17, 2007

Fim do Los Hermanos?

Outro dia o Pedro, meu sobrinho, me perguntou: "E aí, tá muito triste com o fim do Los Hermanos? Cê tá de luto?"
Respondi: Pra quem já viu e viveu o fim dos Beatles, isso é fichinha.
Mas dá para fazer uma reflexão mais aprofundada sobre essa coisa de "perder" ídolos. Fui longe e pensei nos momentos em que pude sentir essa coisa da perda, da morte, do fim de namoro, da despedida de que vai para longe. É claro que existem dores mais fortes do que outras, principalmente aquelas ligadas a perdas irreversíveis, como a morte por exemplo. E no meu caso, e de muitos de nós, a partida súbita do Rogério. É muito dura a experiência da morte.
Porém, vivemos todo os dias a morte de alguma forma, na descontinuidade das coisas. Nós queremos que muitas coisas durem, principalmente aquelas que são boas, simpáticas e prazerosas. Talvez a nossa incapacidade de viver o presente nos leve a esse tipo de desencontro. Estamos de tal forma ligados ao passado, à experiência boa ou ruim, que deixamos de verificar com plenitude as coisas do "agora". Ficamos, quase sempre, ou querendo preservar o prazer, ou evitar a dor já vivida e conhecida. Vivemos, então, agora, ligados no passado e projetando o futuro. Abdicamos do "agora".
É claro que o que foi bom, seria bom viver de novo. Mas para isso precisaríamos estar nas mesmas condições em que estávamos quando vivemos aquela experiência. Como isso é impossível, tudo será sempre novo, seremos sempre outros, e as experiências nunca se repetirão.
Deveríamos, portanto, estar prontos para o sempre novo, mesmo que eles se referissem a coisa do passado. Uma música, por exemplo, a cada momento que a escutamos, obtemos emoções novas, percepções novas, como se a lente que nos permite enxergar, sempre providenciasse novos olhares, porque assim o é.
Por isso, não importa se os Beatles acabaram, o Led Zeppelin, os Novos Baianos e, é claro, o Los Hermanos mesmo. O que importa é que a obra desses artistas está aí para apreciarmos, já não pertencem a eles e podemos ouvi-las sempre, ou não!
Finalmente, perceber o fluxo das coisas é perceber a morte e a vida, a todo momento. Um leite que entorna, um ónibus que perdemos, um objeto que alguém rouba, uma derrota de um time amado. Uma criança que nasce, um olhar de flerte, uma amizade que se inicia, uma chuva que refresca. Lá e cá, há sempre fluxo, entradas e saídas.
Quero então, "by the way", encerrar este texto com a letra de uma música do Marcelo Camelo, LH, que diz:
"Quem acha que perder é ser menor na vida, quem sempre quer vitória, esquece a gloria de chorar",
e também do Rodrigo Amarante, LH, "então, tentar prever, serviu pra eu me enganar", Lulu Santos e Nelson Mota, "nada do que foi, será, do jeito que já foi um dia", e é claro, George Harrison, "All things must pass." e Mário quintana, "Todas as coisas passarão, Eu passarinho"
Até qualquer agora,

quinta-feira, março 15, 2007







Voltando a falar de música...

1984 foi um ano interessante para mim, de várias formas e situações, coisas aconteceram que trouxeram mudanças significativas.
Acabei por conhecer Mônica, minha companheira que, definitivamente, selou a minha relação com a música. Pianista de muita sensibilidade, veio unir em mim o profano e o sagrado, o pop e o erudito.
Tudo bem, isso foi acontecer em 1986, quando começamos a namorar e nos amar.
Antes porém, em 84, momentos de muita revolução na mente e no coração, fui fugir um pouco das rotinas das coisas do trabalho e do social, fui parar em Trancoso, Bahia, Eu, o Zé, a Patrícia e o Pedro, 1 ano de idade.
Quase fico por lá. Quase viro hippie (um pouco de exagero nisso).
Nessa época saiu um disco do Gilberto Gil ( Raça Humana)
que foi muito interessante, com temáticas que muito me agradam, coisas com as quais o Gil sempre nos brinda. Foi marcante ouvir aquele disco, pela primeira vez lá em Trancoso.
"Pessoa Nefasta", sempre lembro de um cara doidão que estava por lá, em um bar de músicas boas, sinuca, e ele, quando essa música começava em seus primeiros versos, "tu, pessoa nefasta" ele enchia o peito e cantava alto: "co-meçou a nefasta...". Achava engraçado. A música é muito boa, tem uma temática sobre certos tipos de gente que são deletérias, que vibram negatividade em atos e pensamentos.
"Tempo Rei", fala de Aquarius, novos tempos, relação de gerações, filhos e mães. Fina criatividade, musical e poética.
Um outro disco, agora me lembro, que saiu em 85, depois desse período em Trancoso ( Extra ).Tem uma música, O mar de Copacabana, que fala de alguém que quer presentear o seu amor com coisas que um anjo pode ajudar, coisas absurdas mas que expressam um "posso fazer isso que é absurdo, pela tua importância. Te dar o Mar ou a praia de Copacabana".
E outras músicas que agora não me lembro os nomes. Ouçam esses discos, são muito bons.

Não sei, Gil foi sempre um espírito irrequieto, porém, acho assim, ele tem ligação com sinais de um novo tempo, de uma nova humanidade. Que bom que seja assim.

terça-feira, março 06, 2007

Clara dá um brilho...

Mistura fina

Clara brilha,
"Nós também não esquecemos de nada. Lembramos sempre, nos divertimos, rimos, molhamos os olhos. O interessante foi o casamento dos grupos (Arreguys e Sagradas), nossas idas à rua Pitangui, a ida da turma à avenida do Contorno, à casa do Paulo, no Gutierrez, os encontros perto do Estadual ou do Municipal...
E os cruzamentos de bagagens culturais. A turma do Paulo, mais roqueira, a da Sagrada, mais Clube da Esquina. A gente bebia das fontes todas e, como o Fio disse, dançava, improvisava, ousava. Era bom demais.
Fica, mais que a saudade, o aprendizado que nunca se perde. E a riqueza da memória.
A honra é minha, Wá!"

sábado, março 03, 2007

Valéria pegou a manha...

Valéria chegou aqui em casa e eu a desafiei..."Cê num consegue escrever nesse BLOG!"

Ela enfesou e está pondo a correspondência em dia...Cuidado Fiote!

quinta-feira, março 01, 2007

Depoimento da Célia Regina

Estou postando esse texto da Célia Regina....
Acho que é dela, pois ela não assinou.
Vou postar também o texto depoimento da Silvana


Caros amigos da Família,
Estou emocionada. O Vá deu um toque sobre esse espaço, e não pensei que fosse ficar assim.
O Fio foi o maior culpado. Como é que ele pode? Se lembra até de quando foi a primeira vez a casa da Tia? Eu não sei ao certo, mas sei que hoje, apesar de paulista, por causa deles, de todos vocês, me sinto mais mineira que tudo. Até os ossos. Não dá pra ser de outro jeito. Num pequeno espaço de tempo, morei também nesse endereço, e sei que fiz pouco por merecer. Hoje fico lembrando de como era destrambelhada...E como a Tia pode aguentar! O que importa é que agora posso dizer aqui o quanto vocês foram importantes para mim. O quanto amo vocês. É importante que saibam disso. Talves já saibam.
Grande abraço.

Comentário da Silvana...

Que legal, ver que partes importantes da nossa história (nossa sim, porque não?) estão contidas aí nesse blog. Óia eu no retrato das primas!!! Engraçado que, esses dias prá trás, estava comentando com Vander (meu digníssimo) sobre coisas que a gente fazia na Sagrada. Como era difícil eu convencer minha mãe a me deixar ir prá lá...e como era difícil chegar lá...descia na Jacui e descia monte, e subia monte prá chegar. Mas, a espectativa da chegada valia a luta para se chegar. Bão dimais!!!Naquele tempo, o muro era baixinho, não tinha cerca elétrica e a gente ficava sentada até na árvore. Jogava vôlei na rua. O portão da garagem não fechava e quando o tio Hermélio chegava do trabalho "a conversa era outra" Hehehe. Foi de lá que fui ao meu primeiro concerto, no Palácio das Artes. Voltamos à pé. Que aventura! Lá, eu conheci um monte de gente louca. Pessoas cujas características ainda estão gravadas na minha mente e no meu coração. E na Sagrada fui adolescendo. E hoje, prá imitar a propaganda de uma cerveja que nem me lembro qual, tenho muita coisa prá contar prá meus netos. Não vou tão longe, tenho histórias que conto pros meus filhos, que ficam atentos, querendo ouvir os desfechos. Agradeço muito a Deus por ter me dado essas famílias, A SAGRADA, pai e mãe, A DA SAGRADA, tio Hermélio, Tia Anália, prole e agregados, E A QUE SE TORNOU SAGRADA, Vander, Ana, Daniel e Fernanda. Valeu, Vá, pela iniciativa. Bjos prá todos vcs da Silvana, que além de Maria SIM, é tbem COUTINHO.

Silvana

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

domingo, fevereiro 18, 2007

Fio faz referência a uma turminha mais nova...E mais música...

Fio, estou postando o seu comentário na página de frente...

Teve sim essa festa. E talvez depois da primeira eu não perdi mais nenhuma. Até que com 12 ou 13 anos eu comprei uma radiola portátil Philips. Tinha azul e laranjada. Eu comprei azul, com meu dinheiro, à prestação, na EMBRAVA - Empresa Brasileira de Varejo. Quem me vendeu foi o Barthô; amigo e colega do Betão (do colégio Humberto Rosas)_, técnico do time de futebol de salão que o Betão jogava. Ele era vendedor. A partir deste investimento pude comandar muitas festinhas no terraço do Ivan. A turma tinha eu, Ivan, Silvinho, Valéria, Glaydes, Lincoln, Maninho, Nado, Cida, Betinho, Petrônio, Guinho, e outros que não me lembro agora. Aí, realmente começaram minhas referências musicais. Vamos lá. No primeiro escalão tinha o disco da novela Selva de Pedra. Rockn roll lullaby. Tinha Michael Jackson e os Jakson Five. Milton Mascimento e o Clube da Esquina, Courage, Para lennon e Maccartney, Angie dos Rollings Stones, muito Beatles, Gilberto Gil, Domingo no Parque, Lunik 9, etc...Cada música tinha um significado especial. Ben, do Michael, me dava esperança de uma namorada que eu ia amar muito. Lunik 9, me transportava para o futuro da humanidade e seu estéril projeto espacial. Mas nada me tocava tanto como a mineiridade de Milton Nascimento. Dele eu gostava de tudo, até o que era ruim (se é que existe!). No meu coração era proibido não gostar das músicas que o Milton compunha. E San Vicente foi a primeira que toquei no violão. E veio Maria Maria, o espetáculo de dança. A música mineira tomou conta do meu coração dos 13 aos 19, quando fui morar na companhia do saudoso irmão em Lavras. Lá convivi muito com os paulistas e aí veio o Grupo D´alma, Arrigo Barnabé, Rock pesado, Tom Zé, Jards Macalé, etc...Lembro-me também da Jovem Guarda, do Renato e seus Blue Caps, "Feche os olhos e sinta um beijinho agora...", E os Golden Boys? Caramba, teve muita música boa pra curtir. Você se lembra de Rita Pavoni? Tinha um tal " Me da um martelo". E o Pepino de Capri? "Lo sai, no ni vero, Roberta ascolta me, ritorna ancor, que ti ame, perdona me". Essas últimas são ainda de 1964/65 no Bairro São Lucas, na Francisco Sales.É isso aí meu irmão. Onde é que vai ficar isto tudo quando formos daqui?Na memória...Fio.

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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