segunda-feira, outubro 28, 2013

http://letras.mus.br/los-hermanos/230955
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Primeiro andar
Rodrigo Amarante 
Já vou, será
Eu quero ver
O mundo, eu sei
Não é esse lá
Por onde andar
Eu começo por onde a estrada vai
E não culpo a cidade, o pai
Vou lá, andar
E o que eu vou ver
Eu sei lá
Não faz disso esse drama essa dor
É que a sorte é preciso tirar pra ter
Perigo é eu me esconder em você
E quando eu vou voltar, quem vai saber
Se alguém numa curva me convidar
Eu vou lá
Que andar é reconhecer
Olhar
Eu preciso andar
Um caminho só
Vou buscar alguém
Que eu nem sei quem sou
Eu escrevo e te conto o que eu vi
E me mostro de lá pra você
Guarde um sonho bom pra mim
Eu preciso andar
Um caminho só
Vou buscar alguém
Que eu nem sei quem sou

terça-feira, outubro 15, 2013

Bolsa

- Associação Internacional de Seguridade Social - concede seu maior prêmio ao Bolsa Família; reconhecimentos ocorrem apenas de três em três anos; atacado no Brasil, programa foi julgado como "experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza"; em entrevista coletiva no Ipea, nesta manhã, ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirma que "premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma rede de proteção social"; estudo inédito do instituto sobre o impacto da iniciativa na economia revela que se o Bolsa Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%; além disso, cada real gasto com o programa faz a economia girar 240%.


247 O governo não tem como não comemorar. Polêmico no Brasil, onde é alvo de ataques em razão de falhas pontuais e, também, pelo que é visto por muitos como 'caráter assistencialista', o programa Bolsa Família acaba de receber aquele que é considerado o prêmio Nobel da seguridade social.
Trata-se do Award for Outstanding Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social. Com sede na Suíça, essa entidade foi fundada em 1927 e é reconhecida por 157 países e 330 organizações não governamentais. O grande prêmio, concedido depois de uma série de pesquisas in loco, só é concedido a cada três anos.
O Bolsa Família, que está completando 10 anos de existência no atual formato, foi considerado pela ISSA como "uma experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza e na promoção da seguridade social". 

sábado, outubro 12, 2013

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Nuno Ramos
Arquivo "Última Hora"


ACHO QUE NUNCA TORCI TANTO POR UM JOGADOR COMO TORCI POR REINALDO; TUDO EM SEU FUTEBOL ERA LINHA E CLARIDADE


Foi a primeira vez que reparei nele. Hoje lembro pouco, mas acho que foi contra a Iugoslávia, talvez em 1977, num amistoso da seleção em que (isso eu tenho certeza) ele estreava. Um clássico: a matada no peito, o chapéu no zagueiro e o chute no ângulo, sem que a bola picasse. Nada indicava esforço, tensão muscular ou grandes gestos, apenas uma grandeza serena e quase anônima de um semi-adolescente que ninguém conhecia ainda. Foi a primeira vez que confirmei aquilo que um rumor, vindo lá do campeonato mineiro, anunciava há algum tempo: um fora-de-série aparecia. Foi, também, uma das únicas vezes em que o vi jogar sem que estivesse machucado, sem precisar consultar aquele estranho gabarito que sempre o acompanhou: imagine o que faria com quatro meniscos.
Acho que nunca torci tanto por um jogador como torci por Reinaldo. Tudo em seu futebol era linha e claridade. Os dribles eram desconcertantes, mas nunca naquele sentido esfuziante, Denílson do termo. Eram de algum modo compostos, quase sóbrios, estranhamente lentos e sempre em direção ao gol.
Batia com as duas, mas seus chutes pareciam mais colocados do que fortes, como se resultassem de um cálculo preciso. O importante é que nada fosse desperdiçado. Havia uma espécie de nitidez intelectual no que fazia, extremamente rara num centroavante (apropriada, talvez, a um camisa 10), e que outro mineiro, o centroavante-armador Tostão, provavelmente inaugurara nessa posição.
Mas, acima de tudo, quem torcia por Reinaldo torcia pela fluência, pela facilidade, pelo modo desobstruído de vencer os zagueiros. A essa força construtiva -como um eleito a quem não pesassem os buracos da grama, a velocidade da bola, o calor do sol, as botinadas dos zagueiros-, a essa coesão clássica que seu primeiro gol na seleção definiu e batizou, opunha-se uma outra força, vinda das profundezas mais remotas, que está para o futebol um pouco como a morte está para a vida: aquela que vem das contusões.
Não lembro de outro jogador que tenha sido acompanhado tão constante e profundamente, e desde o início da carreira, por esse demônio lento infiltrado no joelho, na panturrilha, nas cartilagens das juntas. É através das contusões que o corpo do jogador, desobrigado de suas habilidades, retorna à generalidade de ser um corpo, um corpo qualquer e então manca e sente pontadas e não pode nem sequer apoiar o pé no chão. Reinaldo, provavelmente o mais sofisticado jogador de sua época (ainda mais do que Zico), teve sempre perto de si esse fantasma, que lhe roubava a especialização e a mágica. Por isso, torcer por ele, de alguma forma, era reparar uma injustiça, era torcer contra aquilo que não tem nome -doença, praga, morte.
Nuno Ramos é artista plástico e escritor, autor de "Cujo" e "O Pão do Corvo" (ambos pela editora 34).


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quinta-feira, outubro 10, 2013

Novos Roteiros em Educação - J.Krishnamurti

“Pode a mente, porventura, encontrar a paz? A mente não é, ela própria, uma fonte de perturbação? A mente só é capaz de juntar, acumular, negar, afirmar, lembrar e seguir. Será a paz (…) algo realizável por meio de lutas, (…) por parte da mente?”
Sísifo

“(…) Mas a mente não pode achar a paz, porque a mente só é capaz de pensar dentro dos limites do tempo (…) sempre condenando e julgando, alimentando suas próprias vaidades, hábitos e crenças. A mente nunca pode estar em paz, ainda que possa refugiar-se às vezes numa paz ilusória. Mas isso não é paz (…)”

A paz nasce no coração e não na mente. (…) É muito importante a maneira como falais; porque as palavras que empregais, os gestos que fazeis, revelam o grau de excelência do vosso coração. Porque a beleza é algo que se não pode definir (…) explicar por palavras. (…)”
J.Krishnamurti - Novos Roteiros em Educação, 1ª ed., pág. 170-172.

J.Krishnamurti - Novos Roteiros em Educação, 1ª ed., pág. 170-172.

segunda-feira, outubro 07, 2013

Bresser: a Direita é vazia e neolibelês (*) | Conversa Afiada

Bresser: a Direita é vazia e neolibelês (*) | Conversa Afiada


O ataque moralista da direita


De Luiz Carlos Bresser-Pereira

(…)

Sem surpresa, os resultados econômicos dos dois primeiros anos de governo foram decepcionantes. E, no seu segundo ano, foram combinados com o julgamento do mensalão pelo STF, transformado em grande evento político e midiático.

Com isto o governo se enfraqueceu, e a direita brasileira recuperou a voz. Mas uma voz vazia, liberal e moralista. Liberal porque pretende que a solução dos problemas é liberalizar os mercados ainda mais, não obstante os maus resultados que geraram. Moralista porque adotou um discurso de condenação moral de todos os políticos, tratando-os de forma desrespeitosa, ao mesmo tempo que continuava a apoiar em voz baixa os partidos de direita.

Quando, devido às manifestações de junho, os índices de aprovação da presidente caíram, a direita comemorou. Não percebeu que caíam também os índices de aprovação de todos os governadores. Nem se deu conta de que a presidente logo recuperaria parte do apoio perdido.

Quando o STF afinal garantiu a doze dos condenados do mensalão um novo julgamento de alguns pontos, essa direita novamente se indignou. Agora era a justiça que também era corrupta.

Quando o deputado José Genoino (condenado nesse processo porque era presidente do PT quando as irregularidades aconteceram) manifestou o quanto vinha sofrendo com tudo isso –ele que, de fato, sempre dedicou a sua vida ao país, e hoje é um homem pobre–, essa direita limitou-se a gritar que o Brasil era o reino da impunidade, em vez de perceber que o castigo que Genoino já teve foi provavelmente maior do que sua culpa.

Os países democráticos precisam de uma direita conservadora e de uma esquerda progressista. Mas cada uma deve ter um discurso que faça sentido, em vez do mero moralismo que a direita vem exibindo.

quinta-feira, outubro 03, 2013

O Tao Te Ching
Tradução de Stephen Mitchell.

CAPÍTULO 1

O Tao que pode ser ensinado
não é o Tao eterno.
O nome que pode ser falado
não é o nome eterno.

O inominável é o eternamente real.
Nomear é a origem
de todas as coisas separadas.

Livre do desejo
você percebe o mistério.
Preso no desejo
você vê apenas as manifestações.

No entanto, mistério e manifestação
surgem da mesma fonte.
Essa fonte é chamada escuridão.

Escuridão dentro da escuridão.
O portal para todo o entendimento.


CAPÍTULO 2
Quando as pessoas vêem algo como belo,
outras coisas se tornam feias.
Quando as pessoas vêem algo como bem,
outras coisas se tornam más.

Ser e não ser criam um ao outro.
Difícil e fácil apóiam um ao outro.
Longo e curto definem um ao outro.
Alto e baixo dependem um do outro.
Antes e depois seguem um ao outro.

Por isso o sábio age sem nada fazer
e ensina sem nada dizer
As coisas surgem e Ele permite que venham,
as coisas desparecem e Ele as deixa ir.
Ele tem mas não possui
e age sem expectativas,
Quando seu trabalho está feito,
Ele o esquece.
E por isso ele dura para sempre.

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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