Texto lido na Conferência da Rosacruz Áurea no Sul da França, USSAT - Região Cátara
A igreja do amor
Não existe como forma fixa só existe pela mútua harmonização dos homens.
Só tem por membros aqueles que sentem pertencer-lhe.
Não tem rivais, pois não concorre contra nada.
Não tem ambições, pois apenas quer servir.
Não traça fronteiras, porque o amor não faz tal coisa.
Não se encerra em si mesma, pois tenta enriquecer todos os grupos
e todas as religiões.
Respeita os grandes mestres de todos os tempos,
que revelaram a verdade do amor.
Quem lhe pertence, exerce a verdade do amor com todo o seu ser.
Quem lhe pertence, sabe isso.
Nada faz para doutrinar outros, tenta apenas ser, e através do seu ser, dar.
Vive na ciência de que a terra é um ser vivo de que somos parte.
Sabe que chegou a época da última revolução;
liberta do apego ao eu, de volta à unidade de livre vontade.
Não se dá a conhecer em alta voz, trabalha no domínio livre do ser.
Curva-se ante todos os que iluminaram o caminho do amor
e deram para isso a sua vida.
Não tolera precedências nas suas fileiras, nem tão pouco estruturas rígidas.
porque ninguém é maior do que os outros.
Não atribui recompensas, nem nesta vida nem na outra,
só dá a alegria do ser no amor.
Os seus membros reconhecem-se entre si pela maneira de agir, pela maneira de
ser e pelos olhos, e por nenhum gesto exterior que não seja o abraço fraternal.
Não conhecem medo nem vergonha e o seu testemunho será sempre válido,
tanto em tempos bons como em tempos maus.
A igreja do amor não tem segredos, mistérios ou iniciações,
mas tem um grande conhecimento do poder do amor,
porque o mundo vai mudar assim que nós, os homens, o quisermos,
mas só porque nós mudamos primeiro.
Todos os que sentem pertencer-lhe, pertencem-lhe.
Pertencem à igreja do amor.
Ussat 2012