domingo, novembro 30, 2008





Newton viajou, focou o cosmo e
partiu deixando pedaços de riso em nós,
brincadeiras de uma vida séria.
Se foi ontem...dia triste,
dormiu e não acordou aqui, pelo menos,
abriu os olhos da alma livre,
está agora olhando um novo hoje.
E aqui, um hoje de saudade, impossível não sentir,
porque impossível não ter sentido nele a inocência, a criança, o amor por todos.
Quem dera pudéssemos viver todos juntos novamente.
Mas aqui, pelo menos...sabemos que recomeça novo ciclo,
um recomeço de saudade...dor no fundo...espelho de uma memória muito machucada...
é momento de testar e saber que Deus está conosco,
e está com ele, como ele sempre quis.
O mundo ficou um tanto sem graça agora,
pelo menos até entendermos o sentido das coisas,
das esquinas e dos clubes que forjamos com a carne do coração, que dói agora.

Boa viagem , meu querido irmão,
que aprendamos um pouco da sua doce figura, amiga de muitos amigos,
semente deixada a ferro e fogo aqui em meu corpo,
somos puro amor, por isso sofremos.
Que nossas vidas-alma possam um dia festejar o reencontro...
Vai com Deus.


Carlos Wagner

quarta-feira, novembro 05, 2008


Encontros
Carlos Wagner
27/10/2008


Encontros enquanto encantos,
nos cantos das paredes desse quarto, nosso mundo,
penso só, lembro junto,
o mundo, planeta nós,
quarto crescente de lua, a alma, o prata clarão, o ser que se ilumina,
em certeza, em beleza, em aprender.
Encontros, quantas vezes nós, abertos ao novo,
encantados e perplexos, respiramos ofegantes,
assustados com o imenso, com o pujante fluxo da vida.
Encontros, ciclos,
segundo leis quase incompreensíveis, somamos alentos,
momentos e instantes.
Ali, onde nosso espírito diz: “vivo”, expressa: “quero”, e mesmo “discordo”,
alí onde a alma, pequenina, qual criança indefesa,
admira os seres, gosta e desgosta, esbarra no impessoal,
transcende e abarca o humano,
refaz planos, constrói em conjunto, subtrai em segundos,
planeja as dúvidas, escuta as cantigas, os sons das almas alheias,
o canto dos encontros, as harmonias de nós.
Encontros, viagens mágicas do ente humano,
nós de uma corda de enlace, amplexo de vozes em tons,
nós, apertados peitos, cordiais vibrações, cordas vocais,
soamos às vezes em uníssonas harmonias,
e não importa que muitas vezes distoantes e em conflito,
porém, encontros de vozes, pessoas, entes vivos e importantes.
Encontros, despedidas, partimos em viagem, não importa o lugar,
se distante, se distinto, singulares enquanto iguais,
idênticos enquanto díspares.
Somos assim,
construímos as paredes, solícitas, solidárias, que agüentam provas.
Encontros, forjamos prédios, casas, edifícios do viver,
escolas do saber ser,
que cabem múltiplos moradores,
lar, cuja matéria emerge do coração, contém o mundo e seus sonhos.
Encontros, acasos, segundos na eternidade,
segundos, ciclos, revoltas em espirais,
aspirantes pelo novo ser, pelo novo saber, certeza de um novo fundar.
E seguimos, esquecidos do medo,
rasgamos as cortinas do mesquinho,
encorajados pelos laços do bem querer, forjamos novos e velhos Encontros....
Carlos Wagner

segunda-feira, novembro 03, 2008


Erráticas certezas

Carlos Wagner


Incertas, furtivos mergulhos no paradisíaco,
Lembranças aguçadas, dias de sol no íntimo.
Incertas, acertos, por certo, fico admirado,
combino com o nada, útil lente de ver o agora,
certas canções, certos sibilos, certos brilhos nos olhos.
A certeza fugidia se expressa repentinos clarões,
não me assusto, não surto, furto lembranças de glória,
fico incertamente tranquilo,
o paraíso é onde estou.
E o que mais?

Carlos Wagner

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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