Hora é...
Carlos Wagner
Chego cedo, chego cego por ceder algo agora, chego, medo, meço minhas chances, avanço até onde posso. Passo por minhas dores, minhas marcas na pele curtida, chicotes.
Durante as encarnações no tempo, enfiadas em meu sangue herança,
Carlos Wagner
Chego cedo, chego cego por ceder algo agora, chego, medo, meço minhas chances, avanço até onde posso. Passo por minhas dores, minhas marcas na pele curtida, chicotes.
Durante as encarnações no tempo, enfiadas em meu sangue herança,
sei de mim, por dentro de meu coração, de minha percepção aguçada, sei e oblitero, persuado a mim mesmo que ainda há que se esperar, o tempo não se fez total, a massa crítica, mítiga figura que me assombra, me açanho, sanha de uma saga, envolvido em dúvidas de que “ora est”.
Cedo, afio a foice cega, afoito e hesitante, corto os espaços do pouco tempo que me sobra. Partem-se os pedaços de fantasmagóricas peças de uma insana imaginação, zombeteiras, assustadas agora.
Cedo, afio a foice cega, afoito e hesitante, corto os espaços do pouco tempo que me sobra. Partem-se os pedaços de fantasmagóricas peças de uma insana imaginação, zombeteiras, assustadas agora.
Ganho força na clara imagem da cena.
Vejo então, com alegria, a hora estava certa. Estou pronto para rir e ser feliz... se o coração for o Mestre.
Vejo então, com alegria, a hora estava certa. Estou pronto para rir e ser feliz... se o coração for o Mestre.
Carlos Wagner
09/02/08
09/02/08