domingo, janeiro 28, 2007

Fio disse

Dona Anália - No Último Natal.
Meus queridos Coutinho Campos,
Fico feliz de ter esse espaço para declarar meu amor a uma época e a essa gente, essa sagrada família. Orgulho-me e inspiro-me na hstória que construímos juntos.
No último natal pude desfrutar de um momento de uma lembrança marcante que tenho certeza ficou e ficará sempre nas mentes das pessoas que puderam conhecer Dona Anália.
Reuni meus colegas e dei-lhes uma lembrança de natal. Três bombons para cada. Um símbolo. Importante para aqueles que querem transcender o cotidiano na filosofia...qualquer uma...aquela que se pode alcançar. Os bombons simbolizavam, eu dizia a eles, o pensamento, o sentimento e a ação. Três faculdades importantes de serem equilibradas para que a paz possa reinar; na terra e nos céus.E pude,( tentando quebrar a resignação barata, a acomodação da vida) contar-lhes uma hstória de uma senhora. Eu precisava de um exemplo de um ser de carne e osso como qualquer um de nós mortais. Não é o John Lennon, nem Gandhi, nem o Luther King. Contei-lhes a hstória de uma mulher que depois de criar 7 filhos, dar-lhes a condição da maturidade (ou próximo disso) resolveu estudar. Quem sabe ela teria naquela época uns 50 anos... não sei... Sei sim, que depois de criar sua família resolveu estudar e se formou em Letras. E se tornou professora e educou muita gente nas suas aulas. E deu um exemplo formidável para seus filhos. Nós todos da turma da Pitangui, da Sagrada.
Pois é, disse a meus colegas. A vida só acaba no último suspiro. Enquanto existe vida existe possibilidade de experimentar novos horizontes, novos conhecimentos e se fortalecer para criar filhos, netos e bisnetos. E meu povo da secção gostou e todos olharam para seus cinquenta anos e puderam pensar que a vida estava começando.
Fio, 22/01/07.

sábado, janeiro 27, 2007

A realidade tenta quebrar o charme...

Pois é, terça feira, 23, na hora do almoço, Sagrada Família, porta da casa da minha mãe...
meu carro foi roubado...
Velhos tempos, "quem te viu, quem te vê..."
Fui de muita sorte e já recuperei o carro em 32 horas.
Mas aquele charme e aquelas vivências aqui sempre lembradas, são aspectos lúdicos e formadores dentro da minha consciência...nenhuma realidade mata!
Que possamos continuar a vivê-las, se não aqui, num hoje e num agora, que é o melhor lugar do mundo....
Todos nós, sem excluir ninguém.
Todos os nós, desatêmo-los...

domingo, janeiro 21, 2007

comentário do Fiote

Fio, seu comentário é história e completa as coisas. Estou passando-o para a página da frente.

"Eu, Fio, naquele 1965 tinha 5 anos. Ficava lá do muro de casa vendo as coisas acontecerem na rua. Da janela da sala víamos toda o centro da cidade de Belo Horizonte. Era lindo. Víamos o JK na praça Raul Soares. Víamos a Igreja da Floresta. Naquela época não se precisava de relógio. Da janela víamos o relógio da Igreja da Floresta. Não acredita? Pergunta ao Betão.Bem, eu como a Valéria, era da rabeira, rapa do tacho... Eu e a Rita. Nesta época ela tinha 1 ano.Mas eu me lembro do campinho de terra em frente de casa. Era tortura quando a bola caía na casa da Dona Anália. Tinha o Swinge, cachorro pequeno e bravo,que poucos tinha a coragem de enfrentá-lo. Já aos 7 anos em 1967 pude sair mais de casa. Jogar bola, ir naquela misteriosa casa dos Coutinho Campos. Pessoal diferente. O Betão não saia de lá. Para os azares de minha mãe. Ela não combinava muito com o estilo do pessoal. E eu... Morria de inveja do Betão. Até que uma vez, talvez com 1o anos fui a uma festa na casa dos Coutinho Campos. Tocava Beatles, Jovem Guarda, Gilberto Gil, e tinha uma menina linda que lá morava. Chamava-se Cláudia: - Meu Deus, Como é que eu vou chegar nela e dizer que ela é a mais bonita da rua. Ela é mais velha do que eu. Naquela época um ano somava uma eternidade.Pois na festa perguntaram-me para o meu alívio que eu achava a mais bonita. Eu enrubreci...Mas falei: - É a Cláudia!São muitas estórias. Prá mim todas lindas! Que eu via inicialmente do muro da minha casa...Meu carinho à essa gente que me educou na busca da liberdade
Abraços, Fio"

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Ontem estava voltando para casa e ouvia o rádio. Ouvi a notícia de que está saindo um livro sobre músicas e letras do Chico Buarque, sobre o Rio de Janeiro, "Cidade submersa", se não me engano. Achei a idéia interessante e me vieram outras reflexões...
Seria interessante, pensei, escrever um livro sobre as músicas, canções ou letras mais interessantes na minha trajetória de vida. Como elas me tocaram, me influenciaram, me fizeram refletir, mudar de rumo, mudar de idéia, etc. Me vieram muitas, cada uma trouxe um história, uma paixão, uma dor, uma saudade, pensamentos filosóficos, políticos. Com certeza vão entrar muitas coisas de sambas antigos que ouvia na minha casa, dos discos de meu pai, as músicas que tocavam no rádio am enquanto viajava em seu DKV vemag, músicas da jopvem guarda, Roberto Carlos, Beatles, a partir de 1965 quando ganhei o meu primeiro compacto duplo "Help", a primeira música que toquei ao violão, as canções da Tropicália, Caetano, Gil, o impacto que senti ao ouvir a primeira canção de Paulinho da Viola, Wilsom Simonal, música de carnaval, a primeira musica que fiz tentando inutilmente virar um compositor, e os sentimentos de frustração ou de alegria com o que era produzido... e por aí vai.
Acho que vou tentar escrever alguma coisa sobre isso. Vou até publicar este e-mail no blog da da Sagrada Família
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E você, quais são as suas canções mais referentes?

Todos novos em Capetinga

Todos novos em Capetinga
Olha aí o pessoal lá de antes...

O lobo da estepe - Hermann Hesse

  • O lobo da estepe define minha personalidade de buscador

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